Dia 13 de Outubro, na segunda noite de comemoração do aniversário de 04 anos do Movimento de Iniciativa Cultural Liberdade ao Rock, após sua apresentação empolgante no palco, tive a oportunidade de falar com a banda de crossover Adipocera, uma das atrações principais desse evento, um entrevista bacana ali mesmo na praça da Bandeira, que se prolongou mais do que imaginei devido a forma receptiva e descontraída da banda. Segue a baixo a entrevista.
![]() |
Adipocera durante apresentação no LR |
Gostaria que vocês apresentassem a banda
aos leitores do blog ”Liberdade ao Rock” e falasse um pouco do início e da
trajetória da Adipocera.
Adipocera - Olá, Sou Pablo o vocalista, o Sergio é o
guitarra base, Yuri que é guitarra solo, Alex o baixista e o Martin é o
baterista. A banda era um projeto meu e de um amigo, já tínhamos em mente o
projeto desde 2009, só que nunca foi pra frente, por falta de integrantes. Em
2010 quando eu estava fazendo cursinho pré-vestibular eu conheci o Yuri (guitarra
solo), eu falei para ele que tinha um projeto de montar uma banda, ele se interessou
e chamei ele, de inicio era nós e mais dois outros integrantes, um era o meu
irmão, só que não foi pra frente, o Yuri chamou outros dois integrantes, o
baixista e baterista, e essa é a nossa formação fixa que se consolidou em Março de 2010. Começamos a ensaiar com a
formação oficial, essa que se apresentou hoje no Liberdade ao Rock. Tivemos
nosso primeiro show em setembro de 2010, em 2011 fizemos uma pausa nas
atividades da banda, depois de 6 (seis) meses retornamos, voltamos em outubro de 2011, temos praticamente 1 (um)
ano e meio de atividade.
Adipocera - O nome da banda é bem peculiar para uma banda de
crossover, ADIPOCERA é algo que vem em mente como tenebroso, realmente é algo
tenebroso (risos) um dia eu estava assistindo o filme “O Massacre da Serra
Elétrica 3”, e tem uma cena no filme que o personagem fala da “adipocera” , fiquei
curioso e procurei saber o que era. Adipocera é uma cera que dá na gordura
humana quando o corpo esta em putrefação e essa cera é tão carregada de
bactérias, que se você pegar nela sem qualquer tipo de proteção, o membro que você
usou pra tocar nessa área, pega grangena na mesma hora. Como nós somos uma
banda de crítica, que denúncia toda a podridão do sistema, queremos infectar
todo mundo com nosso som.
Adipocera – Existem ainda várias dificuldades, primeiro
porque todo mundo aqui tem uma ocupação fora parte à banda, trabalhamos e temos
de dividir nosso tempo, não vivemos da musica, cada um tem seu trabalho,
vivemos na correria, acho que essa é a dificuldade, como estamos introduzidos
no cenário underground, então não é justo uma banda como nós que tem um ideal,
ideias fixas, ter de passar por várias dificuldades para levar musica ao
publico, nós da banda, os produtores undergrounds que lutam e na maior correria
pra fazer os eventos, a musica que a gente faz é um presente para as pessoas,
isso deveria ser facilitado. Segundo problema que encontramos nesse tempo de
banda foi com os Integrantes, sempre foi uma das mudanças que mais ocorreu na
banda, começou com o irmão dele, com amigos nosso, não deu certo, algumas
mudanças até chegar aos integrantes atuais, apenas o Sergio e o Yuri são
remanescentes.
Me falem sobre o gênero musical da
banda, qual o estilo e como foi para chegar a essa sonoridade atual?
Adipocera - Nosso estilo é Crossover, só que passamos por
muitas mudanças, hoje em dia tocamos uma musicas mais voltado para o Hardcore, outras
voltadas para o Thrash Metal, temos influências de Grindcore, muita coisa compõe nosso som. O principal de tudo é a
ideia do Thrash Metal, aquela veia na musica rápida, e do harcore com a
agressividade e letras politizadas, eu (Martin) vivo do Hardcore, é, lá onde
vou ficar, então cada um tem suas influências sonoras pessoais dentro da Banda,
um curte Thrash Metal , outro gosta mais de Death Metal , outro Hardcore, ,
procuramos satisfazer o gosto de cada
um.
Quais as bandas que influenciou vocês a
tocar?
Adipocera - Existem muitas, mas de inicio, toda essa esquizofrenia
sonora veio com o Municipal Waste, uma banda que se não fosse por eles, a
Adipocera nem existiria, todos somos fã, até tocamos uma musica deles “Unleash
the Bastards”, no final da nossa apresentação no Liberdade ao Rock .
Quais os planos para o futuro da banda Adipocera?
Adipocera - Como somos uma banda que praticamente recente com um anos e pouco, e estamos muito preso a nossas
composições, já lançamos um single “Sociedade Zumbi” quem quiser conhecer e
ouvir mais, é só ir na nossa página no Facebook
que a musica está disponível, quando voltarmos á Belém, vamos gravar mais algumas musicas, lançar um EP pra galera ouvir
e baixar, vamos dá um tempo pra centrar mais nas composições. Em Janeiro fomos
convidados a abrir o show da banda alemã Tankard, de Thrash Metal, é uma nova porta que se abre pra banda, esse é
nosso próximo show, dia 20 de janeiro e
ainda vamos tocar no Rock in Rio Guamar, que é um evento da UFPA.
Sobre a apresentação de vocês no
Liberdade ao Rock, como foi, correspondeu a expectativa da banda?
Adipocera - Com perdão da palavra foi foda pra caralho!!! (risos)
Viemos pra fazer nosso melhor, o público interagiu lindamente, galera
agitou batendo e quebrando tudo , é
muito bom essa resposta do público quando estamos no palco, o público sempre
nos motiva a continuar.
Vocês conheciam o Liberdade ao Rock,
como surgiu o convite?
Adipocera - Confesso que não conhecíamos o movimento, e
estamos muito assustados com as dimensões e público, não é plagiar, mas acho que
vamos levar um pouco dessa energia pra Belém, é muito firme, underground é isso
mesmo, uma célula enorme de amigos que não
pode acabar. Uma coisa que achei muito interessante no Liberdade ao Rock, um
evento eclético, não rotularam isso, não
é só bandas de Death , Punk, aqui não tem dessa, som é som, e o que importa é
ver a galera pirar, curtir, é isso! O convite veio quando o baixista da Licor de
Xorume nos indicou para o Pedro (membro do Liberdade ao Rock). O Pedro entrou
em contato comigo (Pablo), conversamos e pedi algumas horas, para falar com os
membros da banda e aceitamos o pedido, falei com todos e todos e concordaram na
hora, sendo que antes já haviam me falado que o público aqui é insano, só que
não tinha em mente quanto, tivemos a prova na nossa apresentação, nós pagamos
do nosso bolso, mas valeu a pena cada momento, cada centavo.
Adipocera - Continuem com essa festa linda que é o Liberdade
ao Rock, isso é uma coisa que tem de ser imitada em outros lugares, a união da
galera aqui foi firme, tinha gente com camisa do Guns N’ Roses, camisa do Bring
Me The Horizon, várias vertentes e todos juntos no mesmo evento, sem frescura e
sem preconceito. Todo mundo curtindo junto, acho que a intensão é essa mesma,
curtir como uma grande família, o underground é isso, respeito e todo mundo
junto. Valeu Macapá. “Thrash and Crossover man!!! (risos)
Comentários
Postar um comentário