sábado, 30 de março de 2013

Resenha - Show do Crystal Castles no Lollapalooza Brasil



Nesta sexta -feira (29), foi um dia muito especial aos fãs da banda canadense, Crystal Castles, que foram ver a banda no festival, é claro! Quem ficou em casa, pensando que veria tudo de boa no sofá, vendo pela Tv a transmissão via canal Multishow, quebrou a cara. Vamos aos fatos!

Os atrasos do evento, que estavam só acumulando desde a primeira banda, teve grande influência no show do Crystal Castles, a penúltima atração do primeiro dia de evento.



A banda também foi culpada pela demora, chegaram à cidade de Paulínia, bem depois do combinado e ainda fez uma longa passagem de som no palco.

Mesmo com a demora e com os gritos de “Simple Plan, Simple Plan” que se ouvia antes do início do show de algumas pessoas que queriam zoar a banda, por ser do Canadá, durou pouco, o show foi uma apresentação bem animada e considerado o melhor do primeiro dia, mesmo com muitos insinuando que foi o show do The Killers o mais animado. 

O som da banda, foi um dos mais pesados dos três dias de festival e deve ter espantado os fãs ainda inquietos, do grupo que lá atrás gritavam de fúria e zoação. 



 Em meio a fãs pisando em muita lama, a banda se apresentou no palco Alternativo do Lollapalooza, começando as 17h15min a banda subiu no palco e saiu às 18h em ponto, quinze minutos antes do horário marcado pelo festival.

 “Plague”, primeiro single do disco (III), abriu o show, que durou 45 minutos. A arte de capa do álbum ( III) -  uma mulher de burca com um homem de peito nu nos braços,  permaneceu no telão ao fundo do palco durante toda a apresentação. Outro problema pra quem estava no show, mais distante do palco era o telão ao lado do palco que não funcionava.


Os problemas do evento vinham desde as poças enormes de lama (já falado) até o som que falhou e muito, em alguns show inclusive o do Crystal Castles. som baixo e  grave, mas o que é até comum nos shows do duo CC, quem conhece a banda sabe que eles fazem um som eletrônico de noise punk, ou seja nada convencional e limpo. Mal se ouvia os vocais de Alice, sempre com muitos efeitos,  ao mesmo tempo barulhento, agressivo, dançante e até pop, o que animou o publico que cantou junto. Se o New Stage já estava na mão de Alice Glass na segunda música, houve também muita gente cruzando o Parque Brasil 500, vindo da tenda Greenspace para assistir ao show do Crystal Castles.


Segundo o G1; "para ver melhor a pequena cantora, também era preciso atravessar a lama com cheiro de cocô de cavalo."

Alice que é famosa pelos pulos na plateia e temperamento intempestivo, que em alguns show tem até brigas, ou a vocalista que deixa o palco sem terminar a apresentação. 


Logo na segunda música, “Baptism”, ela desceu do palco e foi cantar nos braços do público, algo que repetiria diversas vezes depois. De volta ao palco, ela sobe nas caixas de som, levanta a camisa e mostra a barriga para os fãs. 


E também de praxe, a vocalista do Crystal Castles bebeu whisky o show inteiro, (saiu do palco totalmente bêbada)  pilotou as pick ups, moduladores e osciladores de frequência, para mostrar que também sabe fazer um som, como seu parceiro de banda, Ethan Kath, com seus sintetizadores futuristas.

Os pontos altos do show,  foram as faixas do disco Crystal Castles (II), de 2010, com:  Baptism, Celestica e Not in Love. além da canção mais aclamada no show; "Vanished", do primeiro disco da banda (I).

 O som até melhorou do meio para o fim do show.

Enquanto Ethan Kath mantém-se concentrado nos efeitos (acompanhado por um baterista, já de praxe também da banda), deixando aparecer a franja loira sob a touca,( novidade pra os fãs!) Alice moveu-se incessantemente por todo o palco. A etérea “Celestica” deu início a última parte do show, que terminou com "Alice Practice", cantada por boa parte do público. 


Alice saiu do palco sem discurso, honrando sua tradição de shows curtos e intensos.

#Transmissão do Show

 O Crystal Castles, mudou de ideia em cima da hora e desistiu de liberar a transmissão pela TV e pela web.
  lembrando que em 2012, no SWU, não teve acordo e o show não foi transmitido na TV.

Canções transmitidas via TV e internt:

1. Plague
2. Baptism
3. Not In Love

E parte de  Wrath Of God

A banda vez ou outra se envolve em broncas como:

No festival inglês Latitude 2010, ela brigou e socou um fã que pegou no seu seio enquanto ela "surfava" na plateia. "Eu vou te chutar na cabeça se você pegar no meu peito", bradou a moça, enquanto o fã era expulso pelos seguranças do evento.


Brigas com seguranças de shows também já aconteceram. Alice pegou pedaços de bateria para jogar no segurança após desentendimento no festival espanhol Sonar em 2009. Não é difícil achar o registro em que ela e o companheiro de grupo Ethan Kath quebram o palco e brigam com seguranças após show no Fabulous Fest em Nevada, EUA .Todos esses fatos, gravados! Então pode ser um dos motivos para a banda não querer papo com transmissão de show.


Enquanto o show rolava lá em Paulínia, muito se reclamava nas redes sociais, reclamações do tipo; "Muito vacilo essa história de proibir transmissão do show" ou "Acho que os fãs merecem uma justificativa verdadeira e convincente…"

Bem amigos, quem pagou pra ver a banda e foi ao festival com certeza viu o show, agora reclamar porque a banda não deixou que o show passasse na TV não é justificativa para ficar falando besteiras e xingando a banda.Quem conhece a banda sabe que eles não são manipulados pela mídia e vivem no meio underground. Dificilmente se ver eles na TV, quase impossível, ou em sites de fofocas que seja. No máximo aparecem em algumas premiações ou em gravações de shows pelo mundo, feitas por fãs da banda. E claro, fotos que eles mesmos divulgam via redes sociais.
assista o show da banda que foi transmitido: http://www.facebook.com/photo.php?v=486103148110404

Fotos por: Samuel Kobayashi, Crystal Castles Brasil e Crystal Castles Chile.

domingo, 17 de março de 2013

A Verdadeira Ética e a Ética Normativa

Foucault

 Esse texto é baseado no meu entendimento e opinião tirada depois de ler "Ética e política em Michel Foucault" do escritor Cesar candiotto. Escrevi esse artigo no fim do semestre passado em uma avaliação final de "Ética II" do curso de Licenciatura em Filosofia, na Universidade do Estado do Amapá. 

Infelizmente esse ano não estudarei mais Ética, uma das minhas disciplinas preferidas, o que me deixará com saudades, mas com certeza, em um futuro depois da academia, vou trilha ainda esse caminho e esse  assunto que muito me fascina. Minha nota com esse texto foi de 9,00 pontos o que muito me orgulhou em se tratando de um texto e do pensamento de Michel Foucault. 

Postarei mais alguns texto, em breve sobre a totalização do ser, virtudes e valores e outras coisa que muito gostei de conhecer e aprender em 2012, como a filosofia de Levinas, baseada no "NÃO MATARÁS" e de Hanna Arendt, uma das pensadoras interessante do mundo da filosofia. Vamos ao texto!

 
O sujeito ético, investigado e depois proposto por Michel Foucault é um sujeito diferenciado dos sujeitos propostos nas éticas "clássicas" e que estamos acostumados a ver na sociedade. Como  exemplo de um sujeito que segue a ética clássica, temos; a pessoa que acha uma mala de dinheiro em um aeroporto  e devolve ao dono o que lhe é de direito. Nota-se que nem sempre a atitude de uma pessoa perante a sociedade é aquilo que ela realmente quer. Como por exemplo, essa pessoa foi educada e criada em uma sociedade que lhe diz que ela é "obrigada" a devolver o que não é seu.


Pra sociedade, caso ela se aposse dos bens de outra pessoa ela será vista como alguém imoral.

As pessoas normalmente buscam ser éticas e isso nem sempre é algo espontâneo dela mesma, mais uma norma de como deve ser a pessoa ideal, valores aprendidos nas instituições de ensino que modelam esse sujeito ao longo dos anos e de acordo com a sociedade que ele vive, ou seja a pessoa aprende na escola como deve ser e como deve agir no mundo, mesmo que esse sujeito não possua  a substância necessária do sujeito ético, proposto na ética de Foucault, ela deve seguir essas normas de convívio na sociedade moderna. 

Qual é esse sujeito ético de Foucault?

Um sujeito que antes de governar o povo, governe a si mesmo é a proposta do filosofo, esse sujeito deve ter pleno governo de si mesmo, antes de governar os outros ou ter esse desejo. 

Entrando em um contexto sobre a politica nacional, vemos que nossos deputados, governadores e até mesmo o antigo presidente da republica Lula, não possuem esse requisito ou a característica do sujeito ético ideal ou da ética "verdadeira".


Os casos de corrupção são alarmantes a cada ano, essas pessoas agem em feito de seu próprio bem e em vantagens  para si e seus próximos. Essa não é uma situação de governamentalidade (governar a si, antes de governar os outros), mas de totalitarismo (impor suas normas e poder sobre o outro a qualquer custo) de tirar vantagens  e exercer poder totalizante sobre o outro de forma imposta.

O sujeito ético de Foucault,  luta contra sua "liberdade" e seus desejos de governar os outros, esse desejo surge desde quando nós somos inseridos na sociedade humana, os políticos brasileiros em sua maioria entram nesse meio politico, visando seu benefício, carreira e o poder sobre os outros, e muito não possuem um conhecimento prévio de politica, ética, ou mesmo estudos. A verdadeira ética é aquela que surge sem ser pensada, idealizada.

A Politica está cheia de pessoas não preparadas e que mesmo com conhecimento e estudo, ainda assim seguem normalmente a ética "clássica". Fazem o bem, como exemplo mais comum; uma construção de uma escola ou reforma de hospital público, visando o poder que podem exercer no futuro em troca daquele "favor" ao povo governado, vemos que isso não é feito por bondade ou por dever politico ou mesmo a vontade.


Casos de corrupção de políticos de boa reputação está pipocando na mídia o tempo todo, bons pais de família que quando ninguém está olhando desviam alguns milhões dos cofres públicos.

A ética verdadeira que se ler em Foucault, não é essa ética de "como ser", normas de vivência, mas uma ética própria de cada pessoa, de si pra consigo, fazer o que se acha certo sem que isso seja objeto de triunfo, a pessoa melhora o seu redor não porque vai ser bem visto, mas porque deseja essa mudança para si mesmo.


Os governantes deviam governar pelo pleno prazer de melhorar a sua cidade e a sáude e vida das pessoas, assim com a sociedade devia viver e agir para melhorar a sua casa, sua relação e seu ambiente de convivio.


Revistas Pulp


Editorial inspirado nas Pulp
Pulp Magazines ou Revistas PULP, ou simplesmente "pulps", são revistas  de ficção barata, feita em papel de baixa qualidade, onde trás histórias de ficção publicadas com mais frequência em 1896 até os anos 1950 por autores populares nos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha. 

Embora muitos escritores respeitados também, tenham  escrito para as pulps, as revistas são mais lembrados por suas figuras sinistras, sempre com muito sangue e sensacionalismo nas histórias e por suas artes da capa fortes com imagens de mulheres com armas ou coisas do tipo. Quero destaca que as capas são pra mim a melhor parte de muitas revistas desse seguimento.


A primeira "pulp" foi feita por Frank Munsey da renovada revista Argosy de 1896, cerca de 135.000 palavras (192 páginas) por edição, feita em papel barato e sem ilustrações. Nessa época era comum  e crescente o mercado de romances de pouca qualidade, antes de Munsey, ninguém tinha combinado a impressão com papel de celulose barata e autores desconhecidos em um pacote que, trouxesse entretenimento por preços acessíveis para a classe trabalhadora ler. Em seis anos a revista Argosy passou de alguns milhares de cópias por mês para mais de meio milhão. Logo surgiram outras revistas do meio.

No seu auge de popularidade nos anos 1920 e 1930, as pulps de maior sucesso poderia vender até um milhão de exemplares por edição. As revistas de pulp de maior sucesso foram Argosy e a Adventure.


Embora as revistas pulp tenha sido um fenômeno principalmente americano, houve também uma série de revistas pulps britânicas publicados durante e antes da Segunda Guerra Mundial.

 Essas revistas geralmente eram dedicadas às histórias de fantasia e ficção científica e não raro o termo "pulp fiction" foi usado para descrever histórias de qualidade menor ou absurdas. A despeito disso, vários escritores famosos já trabalharam em pulps, como Isaac Asimov que escreveu para a Astounding Science Fiction, dentre outras. 

Capa de uma Pulp
Outros foram Raymond Chandler e Dashiell Hammett, ambos em início de carreira. Perceba que são todos são autores estadunidenses, pois foi nos Estados Unidos que as revistas pulp tiveram maior expressão.

As pulps eram um tipo de entretenimento rápido, sem grandes pretensões artísticas, ainda que bastante divertidas. Pode-se dizer que, em uma época sem televisão, elas ocupavam o papel que as séries de televisão ocupam nos dias atuais. Os super-heróis das histórias em quadrinhos são considerados derivados da literatura pulp.

Após a Segunda Guerra Mundial, o preço do papel de celulose aumentou consideravelmente. A solução das editoras de pulps foi diminuirem o formato tradicional.

Arte de Pulp

Durante a Segunda Guerra Mundial houve uma escassez de papel e teve um sério impacto sobre a produção de revista, a partir de um aumento constante dos custos, começou aí o declínio das pulps. Porém a influências dessas revista ainda é visível nos cinemas mais populares e underground e até editoriais de moda de alto nível.

Nesse periodo as pulps passaram a ter a concorrência dos quadrinhos e dos livros de bolso. De fato, várias editoras de quadrinhos como a Marvel Comics e Fiction House, no início publicavam pulps. Artistas como os escritores Julius Schwartz e Mort Weisinger trabalharam em pulps e migraram para os quadrinhos.

Volta e meia personagens "pulp" são homenageados nos quadrinhos e inspiram novas obras e personagens. Em 1999, o escritor inglês Alan Moore criou para America's Best Comics o personagem Tom Strong, claramente inspirado nos pulps.

Capa de Pulp
Normalmente se assimila as capas de revistas pulp com imagens de mulheres seminuas, escondendo-se sob um vilão armado de faca ou mesmo armas de peso. Hoje as Pulps estão quase extintas, mas ainda se encontra revistas com diversos temas: pulps de amor, de esporte, de crime,  de aventuras policial, de ficção científica e fantasia.

Logo o termo pulp fiction, também pode se referir a massa de mercado de livros de bolso desde 1950, talvez de forma errada.


Em 1994, Quentin Tarantino dirigiu um filme intitulado de Pulp Fiction, em homenagem esse seguimento da literatura popular e lembra muito da cultura criada por revistas como à revista Black Mask que encarna e trata de personagens decadentes e violentos, além de 3 histórias quase sem muita ligação que de alguma forma se fundem, além de claro, a capa do filme é uma arte no estilo das pulps.


O filme assim como as revistas é caracterizado pela sua violência, é conhecido por seus diálogos ricos e ecléticos, mistura irônica de humor e violência, narrativa não-linear, uma série de alusões a outras produções cinematográficas e referências à cultura pop. O filme Pulp Fiction, foi indicado a sete Óscares, incluindo Melhor Filme. Um sucesso comercial e de críticas

Após o ano de 2000, várias pequenas editoras independentes lançaram revistas com contos, ou romances que resgatavam a linha  e a tradição das revistas pulp do início do século 20.


Estas publicações especializadas, possuem tiragens limitadas. Em 2004, algumas editora internacionais estiveram publicando revistas que são chamadas de a  " Nova Era da Pulp", com as características de pulp fiction para leitores maduros contemporâneos: terror, violência e sexo. EA Guest uma das que se destacam dessa nova geração, pode ser comparada a uma mistura de pulp icone da era passada com histórias que lembram as de Talbot Mundy e Stephen King.

sábado, 16 de março de 2013

Garotas No Vocal - NICO (Christa Päffgen)


Christa Päffgen, foi uma cantora, modelo e atriz, nascida no dia 16 de outubro de 1938, mais conhecida como NICO. Sua carreira musical, vai além da voz grave, sua imagem é marcada por drogas e álcool, um corpo magro e maquiagem pesada no rosto. Esses traços foram a imagem e a trilha de desajustados e desesperançados do começo dos anos 70 até hoje.

Natural de Köln, Alemanha, a cantora viveu uma infância dentro de uma Alemanha totalmente controlada por nazistas, Alemanha essa que matou o seu pai num campo de concentração.

O pseudônimo Nico, foi criado por seu mentor de carreira, o artista pop, Andy Warhol. 
Nico é um anagrama da palavra ICON (no português, ícone), devido talvez pelo perfil "mulherão" que tinha a artista nos anos cinquenta; modelo, magra e com visual ultra loiro, além de muito feminina e com uma voz grave marcante pelo sotaque alemão), como uma superstar Warhol, ela foi incluida no circuito  underground nova-iorquino e mais tarde tornou-se, além de modelo e atriz, uma cantora bem sucedida pela critica e foi uma das figuras mais fascinantes e misteriosas da música rock/pop contemporânea, e com certeza influência de muitas bandas femininas e cantoras que já passaram pelo blog. 
Nico ficou famosa seguindo a carreira de modelo em Berlim. Aos 14 anos, já tinha saído de casa e da escola e vivia de vender lingerie de porta em porta e de alguns bico de modelo. Um ano depois, sua mãe a encontrou numa loja de roupas em Berlin, onde trabalhava como manequim. Foi para Paris, e lá ela trabalhou para revistas como: Vogue, Tempo, Vie Nuove, Mascotte Spettacolo, Camera, Elle, entre outras do seguimento moda. 




Logo ela estava participando de comerciais de TV, o que chamou a atenção de diretores de cinema, e ela conseguiu um papel pequeno no filme "La Tempesta" (1958), do diretor Alberto Lattuada. Naquele mesmo ano, participou de  "For the First Time", do diretor Rudolph Maté. Em 1959, ela foi convidada pelo diretor Federico Fellini, para um pequeno papel no filme "La dolce vita".


Após dividir o seu tempo entre Nova York (estudando teatro) e em Paris, ela conseguiu o papel principal no filme "Strip-Tease" ( lançado em 1963), de Jacques Poitrenaud. Durante esse período (1962), ela deu à luz ao seu filho, Ari , fruto do relacionamento com o francês Alain Delon.

Em 1965, Nico conheceu o  guitarrista do Rolling Stones, Brian Jones, em uma festa. Brian ficou impressionado com o tom sexy e sombrio de sua voz, convencendo-a a cantar. De imediato a apresentou a Andrew Loog Oldham, produtor da banda RS, e Nico gravou: "I'm Not Saying", produzido por Jimmy Page. 


Com Brian Jones

Nico era famosa por se envolver com cantores/musicos famosos da época como os companheiros de VU, Lou Reed e Cale, também com Jackson Browne, Brian Jones (já citado), Tim Buckley, Bob Dylan, Jim Morrison e também com Iggy Pop.

Com Mick Jagger

Em Paris, Nico conheceu Bob Dylan, que impulsiona sua carreira de cantora, dando-lhe a canção: "I'll Keep It Mine",  que foi gravada no disco de estréia de Nico, "Chelsea Girl". Dylan também fez uma música em homenagem a ela, chamada "Visions Of Johanna", que está no disco "Blonde On Blonde". De volta a New York, Dylan apresenta-a ao artista plástico Andy Warhol e Christa Päffgen, virou Nico.
Logo ela começou a trabalhar com Andy Warhol e Paul Morrissey em seus filmes experimentais, incluindo "Chelsea Girls", "The Closet", "Sunset" e "Imitation of Christ".

The Velvet Underground/Nico/Andy Warhol
 Andy Warhol aquela altura havia se tornar o empresário do Velvet Underground, uma banda experintal que despontava na cena de NY e Andy propôs que o grupo teria Nico como vocalista junto a Lou Reed. 

O grupo concordou, mesmo com várias confusões como, John Cale, que descreveu Nico como "tone deaf", algo como: "quem não tem ouvido" e uma antipatia de Lou com relação a companheira de banda. Nico ficou um ano com o VU, tocando em vários lugares dos EUA.


Com o Velvet, ela ganhou de Lou Reed as canções; "Femme Fatale", "All Tomorrow Parties" e "I'll Be Your Mirror" e ainda fez backing vocal de "Sunday Morning" no álbum de estréia da banda: The Velvet Underground and Nico. 



John Cale, teria um papel fundamental na carreira solo de Nico mais a frente e após o Velvet. O grupo e Nico, excursionaram com a "Exploding Plastic Inevitable", show  experimental e alternativo e chocante de Andy Warhol, que misturava música, filme, dança e pop art ao mesmo tempo no palco. A turnê saiu de cena no começo de 1967, e Nico e o Velvet Underground trilharam caminhos diferentes.



Lançado no ano de 1967, o álbum "Velvet Underground e Nico",  foi fundamental para o aparecimentos de muitos gêneros musicais mais populares e não tão eruditos ou ultra trabalhados, incluindo o punk rock, New Wave e o Noise Rock. Praticamente toda a subcultura de "sexo, drogas e rock'n'roll" se inicia com a banda VU.



Tanto Lou Reed como John Cale tocaram em partes significantes do projeto solo de Nico. Nos próximos 20 anos que seguiram-se, ela gravou uma série de álbuns bem aclamados pela crítica, trabalhos bastante experimentais. John Cale esteve particularmente envolvido nas músicas de Nico, produzindo quatro de seus álbuns de estúdio, como também fazendo arranjos e tocando diversos instrumentos nas gravações.





Para o seu álbum de estréia em carreira solo, o Chelsea Girl, de 1967,tinha o envolvimento de diversos artistas como Bob Dylan, Tim Hardin, Jackson Browne e também de Lou Reed e John Cale. Ela gravou também uma música que Lou Reed e John Cale co-escreveram com Sterling Morrison, chamada "It Was a Pleasure Then", uma música de oito minutos com solos de guitarra e de viola.

Iggy Pop/ Nico e Eric Emerson no Max's Kansas City
Chelsea Girl é um álbum tradicional de folk que influenciou artistas do estilo como Leonard Cohen, com arranjos de instrumentos de corda e flautas sobrepostos por seu produtor. Nico, no entanto, não ficou satisfeita com o resultado do álbum finalizado.

Para o seu outro LP, o The Marble Index, de 1969, Nico escreveu todas as músicas do álbum e fez as estruturas de todas as músicas, que consistem principalmente em um balanço de harmônio nos acordes. Os arranjos foram escritos por John Cale, que deu às músicas de Nico um estilo de folk e instrumentos clássicos. Frazier Mohawk produziu o álbum. A harmonia de Nico tornou sua assinatura para o resto de sua carreira. O álbum combina elementos clássicos com o som de folk europeu.



Nico lançou mais dois álbuns solo nos anos 1970: o clássico Desertshore (1970), também produzido por John Cale e The End (1974), co-produzido por Cale e Joe Boyd. Cale tocou a maior parte dos instrumentos nesses dois álbuns. Nico escreveu as músicas, cantou, e tocou harmônio. The End, traz o músico Brian Eno tocando sintetizador, além do cover da musica que dá nome ao disco "The End", uma canção do grupo The Doors,  a canção se tornou uma das melhores interpretação da canção da banda de Jim Morrison.
Com John Cale
O seu próximo álbum de estúdio, Drama of Exile, de 1981, a separou de John Cale (que vinha acompanhado-a desde o começo), e trouxe uma mistura de rock e arranjos do oriente médio.Nesse disco, Nico está totalmente afundada na cocaína e na heroína. Nos anos seguintes, Nico, sozinha, cansou de ver seus amigos morrerem vítimas de overdose. Seus shows nesse período eram como um tributo a esses mortos, deixando-se envolver cada vez pelo lado escuro da vida.

Ela gravou seu último álbum solo, Camera Obscura, no ano de 1985, novamente com John Cale, desta vez, como produtor. O disco é um marco do rock atormentado e gótico, com Nico e Cale abusando do experimentalismo, em longas faixas estranhas e sombrias.
Foram 20 anos de carreira solo, marcada por discos de grande qualidade, e ainda aparições em inúmeros filmes, apesar de Nico não ser mais tão jovem assim e está envolvida no submundo das drogas e que a desgastou demais, porém sua imagem marcante e olhões azuis e na mão sempre um  cigarro, era algo que atraia os diretores de cinema experimental, foi o que chamou a atenção de Warhol também.




No fim desses 20 anos ela estava muito debilitada pelo uso constante de heroína (Nico foi uma viciada em heroína por mais de quinze anos) e por suas experiências e lembranças da guerra durante a infância  e o fato de sempre ser considerada uma criança ilegítima, situações e dramas que tornaram Nico uma pessoa traumatizada. 


Nico sempre foi descrita como uma pessoa infantil, muito doce, mas as drogas deixaram-na medonha. O uso das drogas a tornaram neurótica e ela quis ficar feia (porque, se você quisesse ser aceito no mundo da droga, devia ser repulsivo e fazer sons feios). 



Por isso ela se esforçou bastante para parecer feia e fazer sons feios, mas era apenas uma trilha auto-destrutiva na qual ela entrou quando se ligou em heroína. Ela levou bastante tempo para morrer, mas na época já tinha parado com os abusos de drogas. Estava usando metadona, mas provavelmente o organismo dela estava debilitado demais pelas drogas usada nesses longos 15 anos.


No dia 18 de julho de 1988, enquanto estava em férias com o seu filho em Ibiza, na Espanha, Nico teve um ataque cardíaco enquanto andava de bicicleta e, na queda, bateu a cabeça. O motorista de um táxi que passava a encontrou inconsciente e teve dificuldade para conseguir encontrar um hospital que a atendesse em Ibiza, pois Nico não tinha plano de saúde, era uma estrageira de férias na cidade.

Relata o filho de Nico, Ari Delon; "No fim da manhã de 17 de julho de 1988, minha mãe me disse que precisava ir ao centro para comprar marijuana. Sentou na frente do espelho e enrolou um lenço preto em volta da cabeça. Minha mãe fixou o olhar no espelho e tomou o maior cuidado para enrolar o lenço de maneira apropriada. Desceu a colina na bicicleta dela e disse: "Não vou demorar". Ela saiu no começo da tarde, lá pela uma hora, no dia mais quente do ano, estava trinta e cinco graus."


Paul Morrissey sobre a morte de Nico: "Nico morreu porque não tinha plano de saúde em Ibiza. Ela usava aquelas detestáveis roupas hippies de lã para disfarçar sua aparência, que tinha se deteriorado com o vício. E ela estava pedalando, usando aquelas coisas de lã no meio do verão, no maior calor, e teve uma insolaçãozinha que provavelmente teria sido bem fácil de tratar. Mas o cara que a pegou na estrada levou-a a dois ou três hospitais em Ibiza e nenhum deles a aceitou. Finalmente a Cruz Vermelha pegou-a, e ela morreu lá."


Ela foi diagnosticada incorretamente por ter sofrido insolação, e morreu no dia seguinte. O exame de raio-X, mais tarde, acabou revelando uma severa hemorragia cerebral, a causa real da morte da artista.

Nico foi enterrada no "Grunewald Forest Cemetery" em Berlin. Com a presença de poucos amigos em seu funeral, com a trilha sonora de fitas com musicas como "Mütterlein", uma música de seu álbum "Desertshore".

Fonte: Livro Kill Me Please