segunda-feira, 1 de abril de 2013

Garotas no Vocal - Janis Joplin

"No palco faço amor com mais de 25.000 pessoas, e depois vou pra casa sozinha."
                                                                                                                           Janis Joplin

Janis Joplin representa toda uma geração do pós-anos dourados, que gritava por mais liberdade e por um novo conceito de vida moderna, que fosse além da modernização de produtos electrônicos e novas tecnologias, fugindo de todas aquelas regras de sociedade do fim dos anos 50, rompendo com o tradicional "jeito americano de viver" e com uma sociedade desestruturada e pós guerras. 


Considerada a rainha do rock n roll e o maior ícone hippie dos anos 60, Janis é a essência do "sexo, drogas e rock'n'roll". Uma artista que viveu intensamente sua juventude cheia de excessos com álcool e drogas psicodelicas, essa mistura perigosa á vitimou prematuramente em meio a curta carreira de pouco mais de 3 anos, passando pela banda Big Brother and the Holding Company e como cantora solo. Janis teve uma overdose em plenos 27 anos de idade e morreu com títulos de a maior cantora de blues e soul de sua geração.

Mesmo com sua curta durabilidade, Janis Joplin foi imortalizada, sendo hoje uma lenda do blues e soul e do mundo do rock. E para confirmar isso basta ouvi uma canção da moça, para saber do poder que ela tem nos vocais.


Janis ficou famosa após participar do festival de Monterey Pop,  apresentou-se com a banda Big brother and The holding Company, primeira banda da cantora, apresentou-se e destacou-se no festival, ao lado de nomes como Jimi Hendrix.
 Diferente de como ficou conhecida, Janis foi uma criança quieta e obediente e muito aplicada no colégio, sempre querendo se superar em seus resuatdos escolares. disse; "Quando eu era garota tudo estava certo, tudo estava bem. E aí, de repente, tudo caiu".  O tédio, o calor abafado da  pequena cidade onde morava, Port Arthur, fez a cantora querer conhecer novos lugares e pessoas, e a familia da cantora era uma familia liberal, diferente da família comum americana, permitiam que Janis tivesse liberdade para voar, mas a cidade era o problema da cantora.



Na adolescência, Janis achava que ficou muito feia: espinhas, cabelos ásperos e  gorda, diferene das garotas daquela area, sempre bonitas e suaves. Com 12 anos ela já se mostrava c com um pensamento politico formado em meio a turbulência que era aquela época, dizia-se a favor da integração racial, em plena sala de aula. 

Com  14 anos, ela se perguntava com insistência porque não conseguia ser como suas colegas, femininas, porque não podia fazer o que os rapazes faziam, jogar sinuca, beber nos bares de Louisiana, tocar violão e cantar nas praias do Rio Neches até de madrugada. Se era feia, mal educada e estúpida, ela não tinha nada a perder. Não seria uma bela garota texana. Seria um dos rapazes. Janis à alguns anos atrás se tornou objeto de estudo por apresentar um comportamento feministas. Estudos questionando a veracidade disso.


Era  final da década de 50 e o rock and roll estava quase morto e o pouco que tinha era a mesmice de sempre. Quem era "por dentro" ouvia jazz e música folk. Foi por aí que Janis começou seu aprendizado musical. 

 Janis se formou na escola e começou na Universidade de Lamar, em Beaumont, perto de Port Arthur. 

Continuava feia e sem modos elegantes o que fazia ela ser rejeitada em alguns lugares e universidade. Bebia muito, saia com rapazes e falava palavrões. Sempre teve problemas no amor mas ria da vida e de tudo, logo descobriu a sua vocação: "Eu lia muito sobre jazz e blues, e sobre Leadbelly, e um nome que pintava sempre era o de Bessie Smith, diziam que ela era maravilhosa e tudo. Eu fiquei curiosa, comprei uns discos dela. E então, BAM, aquilo me atingiu. Como aquela mulher cantava, como ela GRITAVA tudo aquilo que eu estava sentindo... Aí eu comecei a cantar imitando Bessie Smith. Copiava mesmo. Mas eu também não fazia força, eu não dizia a mim mesma: Agora vou cantar assim. Eu só era. Minha voz era. Quando eu abri a boca já saiu assim".



 Aos 17 anos, ela saiu de casa e começou a cantar em bares de Houston e Austin, no Texas, para juntar dinheiro e ir para a Califórnia. Começou  a usar drogas, fosse tomando bolinhas ou se aplicando. Tomou heroína pela primeira vez nas ruas de Nova Iork.  

Dizia; "Nos anos 50 só o que importava era cantar bonitinho, certinho. Agora é diferente. Cantar os blues ficou como um desabafo, eu ali podendo gritar e dizer para as pessoas: Eu sofro, eu estou ferida, eu choro". 



De volta a cidade natal, Port Arthur, Janis se recuperava de uma longa temporada de dependência de anfetaminas e estava procurando ajuda psiquiátrica, precisava desesperadamente de aceitação e respeito. 

Inscreveu-se na Universidade do Texas, tentou trabalhar como garçonete, mas nada deu certo. Na festa de conclusão do curso, recebeu um título: O Homem Mais Feio do Campus. Sem se despedir de ninguém, foi para San Francisco repetir mais uma vez: Eu sofro, eu estou ferida, eu choro. 

Os ares começavam a mudar em San Francisco, e Janis gostava disso. "Todo mundo era freak lá. Ninguém ria de mim". Janis vivia em North Beach, dormindo na casa de uma e outra pessoa, ganhando dinheiro com empregos temporários e venda de drogas, ganhando cerveja nos botecos com seus blues. Janis se vestia como os poetas da geração beat, também uma influencia no seu comportamento e sua musica.



 Influenciada por grandes nomes do jazz e do blues como Billie Holiday e Etta James, Janis fez de sua voz a sua característica mais marcante, em 1966, fez amizade com o grupo que já vinha se destacando na cena musical da época, era o Big Brother & The Holding Company, famoso na nascente comunidade hippie. A banda assinou um contrato com o selo independente Mainstream Records e gravou um álbum em 1967 com os vocais de Janis.  Mesmo assim não teve muito sucesso.

Big Brother & The Holding Company

No Festival Pop de Monterey, a banda e Janis ficaram famosos e logo lançaram o disco Cheap Thrills , em 1968 que fez o nome de Janis como grande voz da década e foi álbum de maior sucesso da carreira da cantora e da banda, continha a música numero 1 das paradas; Piece Of My Heart que ficou durante 8 semanas seguidas no topo das paradas.

Ao sair da banda Big Brother no fim do ano de 68, Janis formou um grupo chamado Kozmic Blues Band, que a acompanhou como banda de apoio no festival de Woodstock e gravou o álbum I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again Mama! de 1969, premiado como disco de ouro, mas sem chegar aos méritos e sucesso do  disco Cheap Thrills.

Big Brother & The Holding Company

Joplin viajava constantemente e sempre participava de programas de televisão, como Dick Cavett, Tom Jones e Ed Sullivan. A vida de Janis perante a mídia parecia tomar os rumos certos e ela finalmente resolverá se casar e estava entusiasmada com a sua banda de apoio Full Tilt Boogie, que gravava com ela o seu próximo disco Pearl. 

No Fairmont Hotel, San Francisco, em 31 de Maio de 1967

As últimas gravações que Janis fez foram Mercedes Benz e Happy Trails, sendo a última feita como um presente de aniversário para John Lennon que faria aniversário em 9 de outubro, em entrevista, Lennon contou que a fita chegou em sua casa após a morte de Janis.

Janis  esteve no Brasil em fevereiro de 1970, na tentativa de se livrar do vício da heroína. Durante a sua estada, fez topless em Copacabana, bebeu muito, cantou em um bordel, foi expulsa do Hotel Copacabana Palace por nadar nua na piscina e quase foi presa.

Como era época de carnaval, tentou participar de um desfile de escola de samba, porém teve acesso negado por um segurança que desconfiou de sua vestimenta hippie. 

No dia 3 de outubro de 1970, Janis visitou o estúdio Sunset Sound Recorders em Los Angeles, Califórnia, para ouvir o instrumental da música de Nick Gravenite, Buried Alive in the Blues, a gravação dos vocais estava agendada para o dia seguinte, pela noite ela foi para o hotel, no dia das gravações (4 de outubro) não apareceu no estúdio, então John Cooke (empresário da banda) foi até o hotel, onde a encontrou morta, vítima de overdose de heroína possívelmente combinada com efeitos do alcool, com apenas 27 anos. Janis foi cremada.



O álbum Pearl foi lançado 6 meses após sua morte, com uma homenagem na canção "Me and Bobby McGee" de seu amado Kris Kristofferson, e foi lançado com a faixa "Buried Alive in the Blues" sem o vocal de Joplin, que morreu antes de fazê-lo. Várias coletâneas póstumas foram lançadas, assim como o documentário Janis, de 1974 e o filme The Rose,  com Bette Midler, baseado em sua vida, apesar de ser disfarçado e sem citar nomes. Além de biografias escritas por sua irmã.


Fonte: Tudo Sobre Janis Joplin

Garotas no Vocal - Grace Slick


Grace Barnett Wing ou simplesmente Grace Slick é uma cantora e compositora estadunidense, que ganhou fama nos anos 60, como uma das líderes da banda de rock psicodélico Jefferson Airplane.

Grace foi um dos maiores nomes e voz feminina da musica dos anos 60 ao lado de mulheres como a amiga, Janis Joplin, Slick foi uma figura importante no desenvolvimento do rock no final daquela década.

Assim como Joplin, foi uma das importantes personalidades a levar o rock psicodélico à mídia e seu estilo sem compromisso e sua voz ajudaram e abriram portas para mais artistas mulheres no mundo do rock, até então dominado principalmente por homens.

com Janis

Grace nasceu na cidade de Evanston, Chicago, e durante a infância-adolescência, estudou em um colégio interno, só de garotas, na Califórnia. Estudou com Tricia Nixon, filha do ex-presidente dos Estados Unidos Richard Nixon. Grace se formou e fez sua pós graduação em Nova Iorque entre 1956 e 1958.  Antes de entrar no mundo da música, trabalhou como modelo no início da década de 1960.

 Durante sua carreira na musica, foi integrante de diversas bandas de rock; The Great Society, Jefferson Airplane (Airplane Jefferson Starship e Starship) e em carreira solo. Também teve um relacionamento amoroso com Jim Morrison, e supostamente com Jerry Garcia, do The Grateful Dead.


Os trabalhos musicais mais notórios de Grace foi no Jefferson Airplane,  banda formada  no verão de 1965, em São Francisco e uma das pioneiras do movimento musical psicodélico. A banda surge no momento da história da musica, considerado o estouro da cena folk de São Francisco com o cantor Marty Balin, o músico folk Paul Kantner, o guitarrista de blues Jorma Kaukonen, a vocalista de jazz e folk Signe Toly Anderson, o baterista Jerry Peloquin e o baixista Bob Harvey.  O grupo tinha inicialmente influências e inspiração em bandas como The Beatles, The Byrds e The Lovin' Spoonful.

O baterista, Peloquin era um músico experiente, mas diferente do resto do grupo, rejeitava-se a usar drogas e acabou saindo da banda logo após algumas semanas do início do grupo. Foi substituido por Skip Spence e logo depois o baixista Harvey também saiu e foi substituido por um amigo de infância de Kaukonen, Jack Casady, em outubro de 1965. No mesmo ano assinaram com a RCA Victor e  lançaram no ano seguinte, Jefferson Airplane Takes Off, disco com base na música folk.

No ano seguinte Spence foi substituído pelo baterista de jazz Spencer Dryden, e Anderson deu lugar à cantora Grace Slick. Slick trouxe à banda sua poderosa voz contralto, bem combinado coma música psicodélica do grupo.


A banda começou a ganhar notoriedade nacional nos EUA, com a aparição no Festival Pop de Monterey em junho de 1967, o festival tinah bandas de várias regiões do pais e teve cobertura da televisão o que deu exposição internacional aos grupos. As bandas logo foram convidadas a ir em programas  de TV da época. E a famosa aparição do Jefferson Airplane no programa televisivo de Ed Sullivan apresentando o acid-bolero "White Rabbit" é notável pelo uso pioneiro do chroma key para simular a iluminação psicodélica das apresentações ao vivo da banda.

O grupo se manteve cada vez com mais visibilidade e sucesso estável até 1970, tendo gravado mais cinco álbuns. O disco, Surrealistic Pillow de 1967, incluía as canções clássicas do grupo como a eletrica "White Rabbit" (inspirada pela droga LSD, no Bolero de Maurice Ravel e no conto de Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll) e a canção de hard rock, "Somebody to Love". As canções "Somebody to Love" e "White Rabbit" aparecem na lista das 500 melhores canções de todos os tempos promovida pela revista Rolling Stone. O disco Surrealistic Pillow, está incluido no livro especializado em musica, 1001 discos para ouvir antes de morrer, o disco é o primeiro com os vocais, teclado e composições de Grace, dentro do grupo JA.



Grace em Woodstock
 Em Agosto de 69 a banda se apresentou no aclamado Festival Woodstock. Em dezembro do mesmo ano apresentaram-se no concerto Altamont na Califórnia. O concerto, liderado pelos The Rolling Stones, foi marcado pela forte violência, como o incidente Gimme Shelter, que levou à morte do adolescente negro Meredith Hunter, fatalmente agredido em frente ao palco pelos Hell Angels (que haviam sido contratados como seguranças) sob alegação de ter sacado um revólver durante a apresentação dos Stones.

Em 1970 a banda lança o disco compacto, The Worst of Jefferson Airplane. No lado A, tinha  além das novas canções, críticas ao presidente Richard Nixon e suas ações para combater a entrada de maconha nos Estados Unidos. O lado B marcou o início de uma obsessão de Paul Kartner pela ficção científica, que ele iria explorar pelo resto da década.


Jefferson Airplane
Balin decidiu deixar a banda logo após o lançamento do compacto.

Em 1974,  os músicos da nova formação do Airplane reformularam-se como Jefferson Starship. Essa formação se mostrou a mais bem sucedida  comercialmente, apesar de alguns dos fãs da bandas estarem infelizes com a nova direção da banda.

 O problema de alcoolismo de Slick tornou-se um problema para a banda, o que levou a duas noites desastrosas em concertos na Alemanha em 1978. Na primeira noite os fãs se revoltaram por Slick não ter conseguido se apresentar. Na noite seguinte, completamente bêbada, Slick chocou a audiência profanando e fazendo referências sexuais na maioria de suas canções. Ela ainda lembrou o público que seu país havia perdido a Segunda Guerra Mundial, perguntando repetidamente "Quem ganhou a guerra?", responsabilizando todos os alemães pelas atrocidades da guerra. Após esses ocorridos ela deixou a banda.



No final de 1978, agora sem Grace Slick, o Jefferson Stairship gravou Light the Sky on Fire.

Após o lançamento de 1979, Freedom at Point Zero, Grace Slick voltou à banda, a tempo de contribuir com uma canção, "Stranger", no próximo álbum do grupo, Modern Times de 81. Nessa época as bandas de rock começam a aparecer mais na TV. Grace Slick apareceu frequentemente na MTV e programas de música como Solid Gold, dando à banda grande visibilidade na era MTV.

Em 1984, Kantner (o último membro remanescente da fundação do Jefferson Airplane) deixou a banda, mas não antes de tomas ações legais sobre o nome Jefferson contra os outros membros da banda, que gostariam de continuar com o nome Jefferson Stairship. Kantner ganhou a ação, e o nome da banda teve que ser reduzido para apenas Starship, marcando sua terceira encarnação. 

No ano seguinte o Starship lançou Knee Deep in the Hoopla, que contava com grandes hits de topo de parada como "We Built This City" e "Sara". Nenhuma outra canção do Jefferson Airplane ou Jefferson Stairship havia atingido o topo das paradas anteriormente.


Na época do lançamento do álbum No Protection, o baixista Pete Sears deixou a banda, e em 1988 Grace Slick fez o mesmo. Ela estava descontente com a nova imagem pop do banda, jurando nunca mais se apresentar com eles novamente. Após participação no Starship, Grace deixou a banda em 1988 ao 48 anos. Seguido de uma breve reunião do Jefferson Airplane no ano seguinte, ela aposentou-se da carreira musical, dedicando-se à pintura. Entretanto, ela participou em "Knock Me Out", uma faixa do álbum In Flight de Linda Perry lançado em 1996, e que apareceu na trilha sonora do filme The Crow: City of Angels.

A nova formação da banda lançou Love Among the Cannibals em 1989, mas acabaram terminando o Starship no ano seguinte.

As carreiras solo e participações em outras bandas se tornaram a rotina dos ex-integrantes.Grace lançou também alguns álbuns solo, incluindo Manhole, Dreams, Software e Welcome to the Wrecking Ball.


Jefferson Airplane

Durante uma apresentação solo em São Francisco, Paul Kantner se reuniu com Grace Slick e dois outros ex-membros do Airplane para uma rápida aparição. Isso levou a uma reunião formal da banda, contando com quase todos os membros originals.

Em 96, Grace foi incluída ao Hall da Fama do Rock and Roll, como integrante do Jefferson Airplane

Grace lançou uma autobiografia em 1998, Grace Slick: Somebody to Love? A Rock and Roll Memoir. Em 2006, a cantora sofreu diverticulite, e após uma cirurgia inicial teve um relapso, o que exigiu nova cirurgia e uma traqueostomia. Ela permaneceu em coma induzido por dois meses e teve que aprender a andar novamente depois.