sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Morte Suicida no Moedor Fest!



Depois da "porrada" que foi a apresentação da banda Vjölenza, no Catitas Clube, vem mais pancadaria por ai, dia 17 de Novembro, HOJE! No Catitas Clube tem "Moedor Fest" com mais uma atração  direto de Belém e duas da cena local, conheça um pouco da banda MORTE SUICIDA, principal atração do Moedor Fest!

Morte Suicida

A banda de fastcore/powerviolence MORTE SUICIDA,  foi formada em Dezembro de 2000 com o nome de "Atitude HC", depois de 3 meses passou a ser  "Morte Suicida", a banda já é conhecida na cena paraense, tanto na capital como demais cidades do Pará e aqui em Macapá também já possui alguns conhecedores de seu som.

A banda é um trio, e ja teve várias formações e hoje é composta por xKaladox (vocal) e baixo, xEdwinx (guitarra) e xWoodx (Bateria), já abriu show de bandas como DFC e participou de algumas coletâneas como a SETEMBRO HC IV e  HC SCeNE 6. Morte Suicida tem gravado uma demo "Vitimas da Ganância" e os discos "Morte Suicida" e "Lider, Não Seguidor."


"As letras das musicas são de protesto e nosso objetivo é estravazar nosso odio contra essa sociedade que vivemos." Tudo com a pegada Hardcore e Grindcore.
Como sempre essa conexão, Pará-Macapá-Pará, tem dado certo, bandas como Delinquentes, Adipocera, Baixo Calão e Licor de Xorume vem mostrado e ganhando espaço em nossa cena.
Cenas que se encontram, e só tem  a ganhar, além da banda Morte Suicida, o "Moedor Fest" vai ter o peso do Death Metal  da  ANONYMOUS HATE e o Crossover porrada da MENTAL CAOS. Entrada 5,00 reais na hora, "Moedo Fest" começa as 19:00 horas! Bora?

Anonymous Hate e Mental Caos



Fonte:
 http://www.orm.com.br

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Resenha: EP´s “Alquimia e “ Khaminari” de Alan Flexa



Na função de resenhar os dois trabalhos solos de artista amapaense e multi-instrumentista, Alan Flexa, os EP´s intitulados “Alquimia” e “Khaminari”, para o blog, me fez sentir-me como uma investigadora, pronta a desvendar os mistérios musicais que pra mim é esses dois EP´s, sempre gosto de descobrir novas sonoridades musicais, e esses discos são bem diferenciados de tudo que eu costumo ouvir, e de tudo que já tinha visto na cena amapaense, ligado ao rock/metal, primeiro que um dos discos é apenas instrumental e o outro é voltado a um som mais reflexivo e progressivo.

Os dois EP´s são muito bem trabalhados e ao mesmo tempo soam com a simplicidade digna de um grande musico que é Alan Flexa, velho conhecido da cena rock / metal local.


Alan Flexa é musico multi-instrumentista e produtor musical da cena amapaense, nascido em 02 de junho de 1980 na cidade de Macapá, Amapá é atuante desde 1996, tanto como musico, como na função de produtor, já produziu diversos artistas amapaenses.

Atualmente é tecladista na banda de Doom Metal “Amatherasu” e produtor das bandas “Desiderare” e “Vila Vintém”, anteriormente tocou e  gravou dois  EP´s com a sua banda “Seed Falls” que atualmente está parada.

““Alan Flexa possui dois EP´s em carreira solo, o primeiro é “Alquimia” de 2010, e o recente” Khaminari” lançado em 2012 .

ALQUIMIA

 É um trabalho de rock progressivo com pegadas no sinfônico, as musicas desse projeto são regadas a temas espirituais ligados ao inconsciente de forma cosmopolita, mescladas ao misticismo. E de inicio me parece ter algumas pequenas  influências musicais e artísticas na banda Pink Floyd e seus experimentalismo.

O EP é iniciado com “Jardim dos deuses” uma musica reflexiva que tem uma  sonoridade com pegadas na musica cigana e de leve no metal sinfónico, uma canção mais experimental e suave

Capa do EP "Alquimia", arte por Thiago Dantas.
O tema da canção é sobre os deuses e fala da transgressão de vidas passadas de um renascimento espiritual do ser.

Seguindo de “Alquimia” uma canção para os amantes de uma musica mais arranjada e trabalhada na voz.

A musica inicia com uma sonoridade mais psicodélica, que logo é invadida pelo metal sinfônico e com alterações sonoras que se entrelaça perfeitamente com a voz marcante  de  Vanessa Rafaelly, hora mais grave , hora mais suave.

A voz da cantora Vanessa Rafaelly é um dos pontos altos do projeto. A cantora que já é conhecida nos eventos de Heavy Metal e eventos do Liberdade ao Rock, e a quem já estou acostumada a ouvir em um vocal mais  agressivo e com as técnicas vocais  lírico e gutural, aqui mostra suas facetas da grande cantora que é, mostrando porque é conhecida como uma das maiores vozes do Amapá.


Ainda sobre a letra da canção “Alquimia”, Alan diz: “Essa musica fala basicamente como são feitas minhas composições. O ser humano recebe ondas que são emanadas de algum lugar do universo, e nós somos receptores de ondas, cada pessoa tem sua sensibilidade de absorver essas frequências e minha musica não é para ser complexa e sim mística, partindo dessas ondas. Por isso o álbum se chama “Alquimia”, aliado a esse fator cosmopolita.” Todas as musicas de “Alquimia” foram escrita por Alan Flexa. 


Ficha de Alquimia;
Vanessa-Soprano
Alan Flexa - guitarra, Baixo, Sequenciador Yamaha.
Arte de Capa de Alquimia: Thiago Dantas.

Khaminari

O Khaminari é uma palavra oriental derivada de “O Kaminarimon “que é o exterior de dois grandes portões de entrada que leva ao templo” Sensō-ji” (o ser interior do Hōzōmon ) em Asakusa , Tóquio, no Japão.

Um portão monumental conhecido mundialmente, logo, “Khaminari” o projeto musical, tem pegadas no mundo oriental e é um portal sonoro  de musica instrumental.

O EP é uma trilha instrumental sentai. Sentai é um estilo de séries de super-heróis japoneses que passa na TV, desde 1975, entre os mais famosos estão Power Ranger, Kamen Rider e Nacional Kid.

“Porem o trabalho musical “Khaminari é fundamentado e baseado na lenda do” Deus do trovão” japonês, uma trilha musical inspirada no herói sentai Jaspion.

Jaspion foi uma série de televisão japonesa do gênero tokusatsu dos anos 80, que mostrava as aventuras do Jovem herói Jaspion.


Assim como o EP ”Alquimia”, o projeto “Khaminari” também possui duas canções, a primeira é “Kami” uma canção instrumental sombria e misteriosa com variações de teclado, que logo nos remete aos cenários orientais.

E a segunda é Khaminari, canção que dá nome ao EP, uma musica instrumental animada e ao mesmo tempo sombria,  cheia de efeitos  sintetizadores e teclado, acompanhado de solos de guitarra, e que nos transporta a uma atmosfera das baladas de post punk dos anos 80, essa é uma canção que considera uma das melhores de Alan Flexa, impossível ouvir apenas uma vez.

Ficha de Khaminari:
Alan Flexa: Guitarra, Roland-W30, Roland, Juno D, Yamaha DX7,Violão E Bandolim
Pepeu Ramos- Bateria
Arte de capa de Khaminari: Alan Flamer

A partir desses dois EP´s é notório o domínio musical de Alan Flexa, conseguindo passar sua mensagem de forma limpa e direta, e cada um dos Ep´s possui um personalidade impar, só mostrando o quanto os artistas amapaenses tem crescido em termos de musicalidade.


O próximo projeto musical solo de Alan Flexa está em processo de composição e gravação, inspirada e baseada na obra “Memórias del Psiconault” do artista Daniel Nec.

Para ouvir os dois EP´s e conhecer outros projetos musicais de Alan Flexa segue o Link; http://soundcloud.com/alanflexa/alquimia

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Garotas no Vocal - Alice Glass (Crystal Castles)



Alice Glass é a vocalista e letrista da duo banda de indie-eletrônico e Noise, Crystal Castles, nasceu em 21 de Agosto de 1988 em Toronto, Ontario no Canadá. 

A vida pessoal e Alice ainda é bastante desconhecida, pouco se sabe sobre a cantora, porém ela vem se destacando na midia e cena musical  por ter uma personalidade e visual icônicos dessa geração e na cena atual da musica eletro o som da banda CC  é um tanto ruidoso e único, que mistura sons de games antigos aos vocais da cantora.


Quando tinha 14, Alice mudou seu nome para Vicki Vale (uma personagem fictícia que aparece nas histórias em quadrinhos do Batman, criada por Bob Kane e Bill Finger).

Nesse periodo ela fugiu de casa para viver em uma comunidade de punks e drogados. Uma semana depois ela fez 15, em sua carreira musical ascendente ela conheceu  Ethan Kath, hoje seu companheiro de CC, que viu ela tocar em uma banda de noise e punk rock chamada de FETUS FATALE. 


Ethan ficou impressionado com a performance de palco de Alice, viu ali que tinha encontrado o ingrediente que faltava na sua música e banda. 

Os dois  mantiveram um contato distante, e mais tarde Alice deu a Ethan Kath o seu CD, do Fetus Fatale, com 60 músicas instrumentais que ela escreveu e dessas havia vocal para 5 canções. 

Quando eles foram fazer a gravação e mixagem em estúdio não falaram com Alice sobre a situação que depois gerou um pequeno conflito entre os dois, porém com os devidos esclarecimentos a Alice, estava resolvido e formado Crystal Castles, nome em referência aos personagens de ficção da fortaleza de She-Ra no céu, o Castelo de Cristal.

E dessa gravação em estudio com Alice, foi apresentado um CD com 5 faixas, dentre elas a canção "Alice Practice", o primeiro single do Crystal Castles.


Atualmente a banda Crystal Castles está em tour, apesar de sempre haver alguma bronca ou fofocas da midia como Alice sumir em entrevistas ou fugir do palco em pleno shows, a banda continua na estrada desde 2004 e com apenas dois disco e alguns EPS.

O mais recente burburinho da midia com a cantora foi a afirmação dela; “ O mainstream odeia as mulheres”.

A vocalista do Crystal Castles, estaria irritada com a forma como a mídia trata as mulheresdo meio. 

“Precisamos de um exército porque o mainstream odeia as mulheres”, disse a cantora em entrevista à revista NME.


"A revolta de Glass é direcionada principalmente às cantoras pop, a quem ela atribui a responsabilidade pelo fato de as crianças estarem muito mais “sexualizadas” hoje do que a anos atrás. 

Como exemplo ela citou Katy Perry, que encorajaria menininhas a  usarem camisetas com a frase “I wanna see your [pea] cock”. “Não é certo influenciar as garotas a se vestirem daquele jeito, a terem cupcakes em seus seios para que as pessoas os lambam, porque é isso que se está insinuando”.

Glass ainda afirmou que se Mitt Romney vencesse as eleições presidenciais nos Estados Unidos, as mulheres seriam submetidas a décadas de atraso."


Diz: "Mesmo agora algumas clínicas de aborto estão sendo fechadas, o que coloca as mulheres em perigo. 
Elas têm que cruzar a fronteira com o México para fazer abortos. Isso tem acontecido desde a década de 60″, declarou a vocalista.

O Crystal Castles está prestes a lançar seu terceiro álbum de estúdio, o (III), no próximo dia 12 de novembro.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Garotas no Vocal - Amy Miret (Nausea)

Mais uma vez venho no blog divulgar figuras femininas que dominaram e tomaram a frente de uma banda de rock, a musa de hoje é do subgênero CRUST PUNK, um subgênero derivado do punk e que desde os anos 90 vem ganhando espaço no meio underground mundial. Um texto na integra e possivelmente exclusivo no Brasil sobre Amy Mirey e a lendária banda Náusea.
Amy de hair Spike
Quando metal e hardcore começam a produzir seus subgêneros descendentes, tem como resultado várias fornicações audial, um dos primeiros derivados era um som cru e sujo com forma thrash, tingido de punk chamado CRUST.

Um subgênero feito por jovens socialmente conscientes com a sociedade e situação do mundo moderno, na mesma linha dos jovens do punk de meados dos anos 70, porém esse jovens do CRUST tem sua ideologia totalmente anarco-punk e em seus temas musicais, dentre as dezenas de bandas desse subgênero está uma das iniciante do Crust, a banda NÁUSEA.
Banda Nausea
Uma banda remanescente de Nova York, que geralmente é citada como sendo uma das bandas integrante na ascensão do Crust punk americano,  uma fusão de anarco-punk e estilos do thrash metal.

As letras do Náusea eram apocalípticas e seus disco possuiam sempre uma influência ou mesmo tinha uma ligação direta em obras de arte, as letras ainda foram influenciadas pelas questões sócio-políticas daquela época, como a administração de Reagan nos EUA, o norte-URSS durante a Guerra Fria e as ameaças de guerra nuclear com a União Soviética.

Musicas focadas em temas como o ambientalismo, extinção humana, a poluição, a crítica do cristianismo e os direitos dos animais, uma banda das poucas com fundo realmente social.

Com os anos o Náusea evoluiu de uma banda de metal hardcore punk, para um som mais  thrash metal  presente no ultimo álbum da banda, durante seus últimos anos com Long Al o segundo sucessor a cantor da banda.


A banda inovou no gênero Crust Punk, flertando com  o doom metal , d-beat e noise rock. Náuseas incorporou vocais tanto masculinos como femininos, com os cantores Amy Miret e Robinson Neil.

Após a saida de Robinson em 1988, ele foi substituído por Al Long e a banda começou a experimentar com um som mais escuro e mais pesado.


Náusea era liderada por Amy Miret, a principal personagem dessa história, ela esteve na banda desde o seu inicio até seu fim em 1992, uma mulher forte e que carregou a dificil e pesada bandeira feminina para as batalhas de todos as anarco-punk dentro da musica. 

Amy ficou mais conhecida por ser a esposa do Agnostic Front, Roger Miret, nesses tempos de ouro  ( inicio dos anos 80), Amy Miret era tida como a Rainha do CRUST, um título assustador que tinha uma pesada coroa.
 
Amy e seu filho com Roger
Como um subgênero mais progressista do que a maioria das formas de punk e hardcore em ideologia, Miret ainda era tratada com uma parcela de discriminação e sexismo, lembre-se o inicio dos anos 80 as mulheres ainda tinham pouco espaço em uma banda do cenário ROCK, época que era ainda mais incomum mulheres  fazer vocal em bandas de punk e hardcore.

Miret teve bastante obstáculos a enfrentar, e não havia melhor mulher para aceitar este desafio anti-patriarcal que ela, como evidenciado nos trabalhos musicais do Náusea, Amy Miret não só pulou esses obstáculos, como  definiu um estilo gutural feminino nesse meio.

Sem a sua influência, bandas como Kylesa Damad  certamente nunca viria a existir. Amy Miret era a  primeira mulher de qualquer forma de música underground que viria a incorporar  o rosnardo e gutural sem ser "masculino"  mas pesado a maneira de Slayer em um estilo teatro vocal em sua entrega pessoal, quebrando barreiras e tantos estereótipos de gênero ao longo do caminho.


Após o Náuseas se separar em meados de 1992, o paradeiro de Miret tornou-se desconhecido do público, não há nada sobre ela pós esse periodo na na internet ou em qualquer meio.

Ela e Roger Miret como dito anteriormente se divorciaram, e parece que ela dedicou grande parte de seu tempo para criar e educar seu  filho com Roger.
E seu filho nos anos 80
Onde quer que Amy, a rainha do Crust esteja hoje, podemos esperar que ela esteja bem e feliz linge dos palcos.
John John Jesse o baixista do Náusea desde o inicio até o fim, passou a se tornar um artista mais conhecido  juntando-se com os membros do Choking Victim in Morning Glory Band. Roy Mayorga passou a tocar com o Shelter, depois o Soulfly e Maggott SS,  ABLOOM , Stone Sour , e substituiu Igor Cavalera no Sepultura em 2006.
Amy e John John

Registros:
Em um dos poucos registro que existe de Amy é um Doc norte-americano sobre "NYHC", a cena Hardcore de Nova Yorke. Originalmente lançado em 1999, o filme possui entrevistas com figuras como Jimmy Gestapo ( Murphy´s Law),  Koller Lou (Sick of It All),  Roger Miret (Agnostic Front ), Toby Morse (H2O), Freddy Madball (Madball) e muitos outros.

Discografia:
  Nausea demo (1988)
  Extinction LP (1990)
  Cybergod 7" ( 1991)
  Lie Cycle 7"  (1992)  
 Alive in Holland VHS (1993)
 Extinction: The Second Coming CD (1993)
 Punk Terrorist Anthology Vol. 1 2xLP/CD (2004)
 Punk Terrorist Anthology Vol. 2 2XLP/CD (2005)

Náusea foi: 
Amy Miret - vocais
Victor Venom- guitarra
John John Jesse - baixo
Robinson Neil - vocais (1985-1988)
Al Long - vocais (1988-1992)
Pablo Jacobson - bateria (1985-1987)
Jimmy Williams - bateria (1987-1988)
Roy Mayorga - bateria (1989-1992)


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Entrevista - Banda Adipocera para o Liberdade ao Rock


Dia 13 de Outubro, na segunda noite de comemoração do aniversário de 04 anos do Movimento de Iniciativa Cultural Liberdade ao Rock, após sua apresentação empolgante no palco, tive a oportunidade de falar com a banda de crossover Adipocera, uma das atrações principais desse evento, um entrevista bacana ali mesmo na praça da Bandeira, que se prolongou mais do que imaginei devido a forma receptiva e descontraída da banda. Segue a baixo a entrevista.

Adipocera durante apresentação no LR
Gostaria que vocês apresentassem a banda aos leitores do blog ”Liberdade ao Rock” e falasse um pouco do início e da trajetória da Adipocera.

Adipocera - Olá, Sou Pablo o vocalista, o Sergio é o guitarra base, Yuri que é guitarra solo, Alex o baixista e o Martin é o baterista. A banda era um projeto meu e de um amigo, já tínhamos em mente o projeto desde 2009, só que nunca foi pra frente, por falta de integrantes. Em 2010 quando eu estava fazendo cursinho pré-vestibular eu conheci o Yuri (guitarra solo), eu falei para ele que tinha um projeto de montar uma banda, ele se interessou e chamei ele, de inicio era nós e mais dois outros integrantes, um era o meu irmão, só que não foi pra frente, o Yuri chamou outros dois integrantes, o baixista e baterista, e essa é a nossa formação fixa  que se consolidou em  Março de 2010. Começamos a ensaiar com a formação oficial, essa que se apresentou hoje no Liberdade ao Rock. Tivemos nosso primeiro show em setembro de 2010, em 2011 fizemos uma pausa nas atividades da banda, depois de 6 (seis) meses retornamos, voltamos em  outubro de 2011, temos praticamente 1 (um) ano e meio de atividade.


O nome da banda é bem diferente, o que significa e como surgiu? 

Adipocera - O nome da banda é bem peculiar para uma banda de crossover, ADIPOCERA é algo que vem em mente como tenebroso, realmente é algo tenebroso (risos) um dia eu estava assistindo o filme “O Massacre da Serra Elétrica 3”, e tem uma cena no filme que o personagem fala da “adipocera” , fiquei curioso e procurei saber o que era. Adipocera é uma cera que dá na gordura humana quando o corpo esta em putrefação e essa cera é tão carregada de bactérias, que se você pegar nela sem qualquer tipo de proteção, o membro que você usou pra tocar nessa área, pega grangena na mesma hora. Como nós somos uma banda de crítica, que denúncia toda a podridão do sistema, queremos infectar todo mundo com nosso som. 


Quais as dificuldades encontradas nesses anos de banda e quais as mudanças sofridas pela Adipocera?

Adipocera – Existem ainda várias dificuldades, primeiro porque todo mundo aqui tem uma ocupação fora parte à banda, trabalhamos e temos de dividir nosso tempo, não vivemos da musica, cada um tem seu trabalho, vivemos na correria, acho que essa é a dificuldade, como estamos introduzidos no cenário underground, então não é justo uma banda como nós que tem um ideal, ideias fixas, ter de passar por várias dificuldades para levar musica ao publico, nós da banda, os produtores undergrounds que lutam e na maior correria pra fazer os eventos, a musica que a gente faz é um presente para as pessoas, isso deveria ser facilitado. Segundo problema que encontramos nesse tempo de banda foi com os Integrantes, sempre foi uma das mudanças que mais ocorreu na banda, começou com o irmão dele, com amigos nosso, não deu certo, algumas mudanças até chegar aos integrantes atuais, apenas o Sergio e o Yuri são remanescentes.

Me falem sobre o gênero musical da banda, qual o estilo e como foi para chegar a essa sonoridade atual?
Adipocera - Nosso estilo é Crossover, só que passamos por muitas mudanças, hoje em dia tocamos uma musicas mais voltado para o Hardcore, outras voltadas para o Thrash Metal, temos influências de Grindcore, muita coisa  compõe nosso som. O principal de tudo é a ideia do Thrash Metal, aquela veia na musica rápida, e do harcore com a agressividade e letras politizadas, eu (Martin) vivo do Hardcore, é, lá onde vou ficar, então cada um tem suas influências sonoras pessoais dentro da Banda, um curte Thrash Metal , outro gosta mais de Death Metal , outro Hardcore, , procuramos satisfazer  o gosto de cada um.

Quais as bandas que influenciou vocês a tocar?

Adipocera - Existem muitas, mas de inicio, toda essa esquizofrenia sonora veio com o Municipal Waste, uma banda que se não fosse por eles, a Adipocera nem existiria, todos somos fã, até tocamos uma musica deles “Unleash the Bastards”, no final da nossa apresentação no Liberdade ao Rock .

Quais os planos para o futuro da banda Adipocera?

Adipocera - Como somos uma banda que praticamente recente  com um anos e pouco, e estamos muito preso a nossas composições, já lançamos um single “Sociedade Zumbi” quem quiser conhecer e ouvir mais, é só ir na nossa página no Facebook que a musica está disponível, quando voltarmos á Belém, vamos gravar mais  algumas musicas, lançar um EP pra galera ouvir e baixar, vamos dá um tempo pra centrar mais nas composições. Em Janeiro fomos convidados a abrir o show da banda alemã Tankard, de Thrash Metal, é  uma nova porta que se abre pra banda, esse é nosso  próximo show, dia 20 de janeiro e ainda vamos tocar no Rock in Rio Guamar, que é um evento da UFPA.

Sobre a apresentação de vocês no Liberdade ao Rock, como foi, correspondeu a expectativa da banda?
Adipocera - Com perdão da palavra foi foda pra caralho!!! (risos) Viemos pra fazer nosso melhor, o público interagiu lindamente, galera agitou  batendo e quebrando tudo , é muito bom essa resposta do público quando estamos no palco, o público sempre nos motiva a continuar.

Vocês conheciam o Liberdade ao Rock, como surgiu o convite?
Adipocera - Confesso que não conhecíamos o movimento, e estamos muito assustados com as dimensões e público, não é plagiar, mas acho que vamos levar um pouco dessa energia pra Belém, é muito firme, underground é isso mesmo, uma célula enorme de amigos  que não pode acabar. Uma coisa que achei muito interessante no Liberdade ao Rock, um evento eclético, não  rotularam isso, não é só bandas de Death , Punk, aqui não tem dessa, som é som, e o que importa é ver a galera pirar, curtir, é isso! O convite veio quando o baixista da Licor de Xorume nos indicou para o Pedro (membro do Liberdade ao Rock). O Pedro entrou em contato comigo (Pablo), conversamos e pedi algumas horas, para falar com os membros da banda e aceitamos o pedido, falei com todos e todos e concordaram na hora, sendo que antes já haviam me falado que o público aqui é insano, só que não tinha em mente quanto, tivemos a prova na nossa apresentação, nós pagamos do nosso bolso, mas valeu a pena cada momento, cada centavo.

Adipocera no Palco do LR
E pra terminar, deixem um recado ao público amapaense que foi prestigia vocês sábado no Liberdade ao Rock.
Adipocera - Continuem com essa festa linda que é o Liberdade ao Rock, isso é uma coisa que tem de ser imitada em outros lugares, a união da galera aqui foi firme, tinha gente com camisa do Guns N’ Roses, camisa do Bring Me The Horizon, várias vertentes e todos juntos no mesmo evento, sem frescura e sem preconceito. Todo mundo curtindo junto, acho que a intensão é essa mesma, curtir como uma grande família, o underground é isso, respeito e todo mundo junto. Valeu Macapá.  “Thrash and Crossover man!!! (risos)