quinta-feira, 12 de abril de 2012

Raízes do Machismo

Texto de Bianca S. N. Barbosa

Resumo:

O presente artigo tem como objetivo abordar a mulher na idade média e no Brasil colônia para fundamentar argumentos de como essas épocas de repressão em relação à mulher repercutiu até a atualidade, sobrevivendo na mente das pessoas e resultando numa prática denominada de machismo, apresentando baseado nas citadas épocas as raízes do machismo em que se fundamenta. Demonstrando que a principal alienadora e fundamental para a opressão feminina foi a igreja católica e a sua obsessão em esconder a sexualidade, atribuindo a culpa do sexo e a luxuria a figura feminina.

Muito se ouve falar de feminismo, e os recentes escritos historiográficos têm dado certo espaço para o lado feminino da história, alguns deles voltados para a participação feminina no decorrer dos séculos, assim sendo, há necessidade de entendermos que fundamento tem a visão da mulher como complementar do homem, já que hoje em dia sabe-se que o machismo existe, mas não se tem muito conhecimento de suas origens e de acordo com Mary Del Priore (1988) e Jeffrey Richards (1993) que nos possibilitam entender um pouco mais sobre as origens da visão da mulher como pecadora e submissa, sem direitos principalmente no discurso da igreja católica.

Nesse sentido, este trabalho trata das origens da visão secundária ou de pecado atrelada as mulheres, no presente estudo, procuro argumentar com métodos bibliográficos sobre a influência que a igreja católica e seus discursos tiveram sobre a imagem da mulher, com a intenção de mostrar que esse discurso desencadeou o que conhecemos atualmente como machismo, ou seja, que o que temos é uma consequência de algo bem mais antigo do que parece, por meio de estudos adquiridos e bibliografias relacionadas, entendo que o estudo é necessário para o entendimento e difusão desse conhecimento que é pouco discutido mas que existe e deve ser melhor debatido.

Em primeiro lugar mostrar o que ocasionou, ou seja, qual o discurso utilizado e seus fundamentos para que se seguissem ordens baseadas em uma doutrinação, no que era fundamentado, que mecanismos de convencimento e até mesmo coerção eram postos em prática para que se seguissem tais normas e finalmente o que causou essa imagem em relação à mulher na atualidade, pois, de fato há a existência de uma sobreposição em relação aos sexos, não só no que diz respeito à anatomia, mas socialmente, apesar de haver um avanço nos direitos femininos o que trato aqui é o que diz respeito ao que está enraizado no pensamento das pessoas, pois essa imagem da mulher, “submissa”, “mãe” ou “puta” está principalmente guardada no imaginário das pessoas.

Idade média, mulher:
 

Para melhor entender o que quero mostrar sobre o que é a raiz do machismo ou quando a mulher passa a ser a sombra ou complemento do homem, sito que a idade média foi um dos pontos mais altos da imagem ruim atribuída à mulher e principalmente seu corpo, havendo muitos discursos direcionados a muitas classes consideradas heréticas pela igreja (prostitutas, judeus, muçulmanos, leprosos, etc.). 

Nesse momento, para melhor situar, há um predomínio da igreja católica, principalmente pelo monopólio de conhecimento e difusão desse conhecimento, e afim de controlar a massa que estava ali para ser catequizada haviam vários mecanismos principalmente ideológicos utilizados pela igreja para esse controle, como demonstra Richards ao falar do “Concílio empreendeu o combate a heresia. 

Publicou uma declaração de fé, execrou todos os hereges e deus instruções e detalhes sobre como lhe dar com eles.”(1993; PP. 21). 

Era considerada heresia tudo aquilo que fosse contra as leis eclesiásticas ou da inquisição (criada pelo Papa Gregório IX em 1229, o tribunal do Santo Oficio, conhecido como inquisição) com ordens de punir todos aqueles que fossem considerados hereges, punições em sua maioria de morte.

Em meio aos tais hereges encontrava-se a mulher, pois na idade média havia uma predominância de um tabu, o sexo (1993), baseada nisso a igreja pôde criar em seus domínios o certo e o errado, uma vez que a mesma havia se estabilizado e triunfado sobre as outras religiões. Através dos concílios, criados para decidir punições e organização da igreja foram ditados os hereges e como lhe dar com eles, entre os hereges, encontramos as mulher, qualquer mulher que fosse contra os ensinamentos de castidade e celibato da igreja era considerada herege (prostituta, bruxa, etc.) 

As mulheres possuíam um discurso voltado para os escritos bíblicos, nos quais é atribuída a ela a culpa do “pecado original” no qual “A mulher era filha de Eva, a fonte do Pecado Original e um instrumento do Diabo”. Como demonstra Richards (1993, p. 36) no papel da mulher em quanto ao sexo, de acordo com essas teorias a igreja usava o discurso de que: 

“Por causa de seu caráter intrínseco, a mulher precisa ser disciplinada. A lei canônica permitia especificamente o espancamento da esposa, e isto acontecia em todos os níveis da sociedade. Legalmente, uma mulher não podia ter cargo público ou servir como comandante militar, advogado ou juiz. A lei secular justificava tal proibição com base no fato de que mulheres eram por natureza frívolas, ardilosas, avarentas e de inteligência limitada. A lei eclesiástica justificava isso com base no Pecado Original.( RICHARDS, 11993,PP.36)

Tais discursos são totalmente inaceitáveis atualmente, mas é difícil dizer que um pouco desse discurso não perdura até hoje, não na sua forma mais radical, mas na forma mais indireta.
Para conseguir punição a maneira de corrigir os ditos hereges a igreja se utilizava da forma mais comum, a confissão, e para obter confissões eram utilizadas variadas formas de tortura. 

(1993) Especificamente, havia torturas e instrumentos para mulheres e homossexuais, pois eram os mais acusados em relação ao sexo, adultério etc. 

Torturas que na verdade eram penas de morte, pois os carrascos, como eram chamados os homens que torturavam os hereges, abusavam da anatomia humana e de artifícios bem pensados e articulados para punições na época.

Como a cremação, principalmente usada contra mulheres acusadas de bruxaria, pois se acreditava que o fogo era purificador outro seriam as aranhas espanholas:
As Aranhas eram ganchos de quatro pontas unidas em forma de tenaz, e constituíam ferramentas básicas no arsenal do verdugo. Serviam frias ou quentes, para içar a vítima pelos pulsos, nádegas, ventre, seios ou tornozelos, enquanto as pontas enterravam-se lentamente na carne.

No processo dos Templários, no início do séc. XIV, as aranhas espanholas foram usadas, segundo testemunhas, para suspender os acusados pelos órgãos genitais, até que admitissem seus crimes. (MALEFICARUM, disponível in: http://www.supervirtual.com.br)

As torturas variavam de herege para herege e de condição social, também se levava em consideração o sexo, pois havia torturas para as mulheres que cometiam pecados relacionados ao sexo e homens acusados de homossexualidade, além de torturas os hereges para que fossem ridicularizados e fossem reconhecidos por todos usavam vestimentas diferenciadas, cordão vermelho para as prostitutas e uma vestimenta amarela para os judeus, assim como os leprosos usavam um guizo ou um sino para que pudesse avisar a sua aproximação. 

Pois acreditavam que a lepra era transmitida sexualmente, logo, um leproso era todo como herege. Um instrumento de tortura intrigante e utilizados em maioria em mulheres e homossexuais era a Pêra: 
“’Pêra Oral, Retal e Vaginal "
Esses instrumentos em forma de pêra - daí o nome - eram colocados na boca, no reto ou na vagina da vítima, e ali eram abertos, por meio de um parafuso, até atingir sua total abertura. O interior da cavidade afetada ficava, invariavelmente, danificado, com efeitos muitas vezes irreversíveis. 

Por vezes, além da abertura exagerada, a pêra era dotada, na extremidade mais interna, de pontas em gancho, que destroçavam a garganta, o reto ou a raiz do útero, pois penetravam bastante fundo.
A pêra oral aplicava-se aos casos de predicadores hereges ou a criminosos laicos de tendências anti-ortodoxas. 

A pêra vaginal estava destinada a mulheres consideradas culpadas de conluios e acordos com Satanás ou quaisquer outras forças sobrenaturais (o processo das feiticeiras bascas , no qual foi utilizada, falava dos "espíritos dos mortos"), a adúlteras, homossexuais ou suspeitas de ter mantido relações com familiares; e por último, a retal destinava-se a homossexuais masculinos passivos.” (MALEFICARUM, disponível in: http://www.supervirtual.com.br)

Mulheres nessa época, apenas eram bem vistas se fossem castas e cobrissem o corpo, não usassem qualquer adorno que pudesse chamar a atenção masculina, pesavam-se mulheres que se voltavam apenas para a igreja e casadas que praticavam sexo apenas para procriação, pois a igreja ditava o sexo apenas para procriação e condenava práticas de sexo por prazer. 

Prostitutas eram má vistas e “a igreja defendia que não era possível estuprar uma prostituta, uma vez que ela era uma profissional do sexo e não tinha justificativa para recusar”. (1993; pp.41).

Além de ser mal vista socialmente pelo modo de se vestir, a mulher também não possuía nenhum direito de cargo público, sendo a ela direcionada apenas a função de esposa e mãe ou então a projeção da virgem Maria, a qual possuía o modelo de castidade e devoção a Deus, os relatos aqui expostos mostram que os discursos religiosos baseado em escritos interpretados erroneamente desencadearam atrocidades e a exclusão femininas, dito que isso já acontecia ferozmente na idade média século V ao XV. 

Outro posicionamento da igreja sobre a mulher era em relação ao controle de natalidade, com a visão da “mulher-mãe” evitar a gravidez, seria um pecado também, seguindo os ensinamentos de Santo Agostinho. 

“Ele havia definido o casamento como existindo em função da ‘prole, fidelidade e estabilidade simbólica’, e a interferência no aspecto procriativo do sexo matrimonial não poderia, portanto, ser nada mais que pecado.”(RICHARDS,1993; pp. 43). 

Baseado nisso qualquer medida contraceptiva seria mal vista, por isso havia condenações por bruxaria qualquer “poção mágica” que provocasse aborto era pecado, assim como outras práticas.

Dadas as delimitações femininas ditadas pela igreja, o casamento, era uma delas, quando criança, a menina era educada para ser mãe, assim como na antiguidade, vivia ao poder do pai e depois passa ao pode do marido, na idade média as mulheres tinham duas opções: uma era casar-se e outra manter-se virgem e devota a Deus. 

O casamento, que hoje é visto como a união entre duas pessoas que se amam, na verdade na idade média era apenas uma forma de controle que a igreja possuía sobre a vida dos casais, principalmente para que dentro do casamento pudesse controlar as relações entre homens e mulheres, pois, para a vida de casado havia “normas” a serem seguidas: sexo apenas para procriação, não sendo permitidas relações nos dias santos, pois era pecado e nos dias em que a mulher estava “impura”. 

Entre os solteiros o que chama atenção é a forma com que a satisfação sexual era obtida. Enquanto das moças exigia-se a virgindade até o casamento, entre os rapazes isso não era valorizado. “Era o casamento que lhes dava o direito de serem chamados de homens, até então, qualquer que fosse a idade alcançada, permaneciam sendo jovens” (RICHARDS, 1993, p.50).

 De qualquer forma, da mulher se exigia algo que nem era valorizado em relação aos homens sendo que eles podiam fazer o que bem quisessem enquanto uma mulher não poderia pois seria mal vista e não poderia se casar por conta disso, já que ela não tinha outra alternativa além do casamento. Quando ocorria de uma moça jovem ter relações com um homem sem ter se casado, uma alternativa para justificar o “pecado” era alegar estar possuída por um demônio ou ter tido relações com um demônio sem sua permissão é claro, assim a moça ainda poderia ser perdoada.

É evidente que a mulher sofreu na antiguidade e ainda na idade média, com os discursos eclesiásticos, de fato, nessa época havia um discurso e uma visão de mundo diferente, mas o que não lhe dá o direito de minimizar um ser capaz e possuidor de virtudes tanto quanto o masculino sendo separados pela anatomia e posteriormente pela crendice de superioridade masculina implantada pela igreja (homens).

Brasil colônia, mulher:


Nesse momento, ainda com o rastro da idade média, pode-se perceber nos escritos expostos por Del Priore (1988) sobre a mulher no Brasil colônia a predominância das “filhas de Eva” partindo do mesmo “pecado original” difundido pela igreja na idade média. 

Principalmente porque na época da colonização havia uma grande entrada de religiosos para a catequização indígena, sendo assim, havia uma predominância da religião católica e sua doutrinação, influenciado, de acordo com Del Priore, os escritores sobre o Brasil, onde a descrição feminina volta-se para o corpo desnudo das nativas e das “mulheres submissas de raças dominadas”(1988; pp.15).

O Brasil foi colonizado por Portugal, a qual era predominantemente católica, sendo assim era impossível que sua colônia não fosse também católica. Para reafirmar o discurso das raízes do machismo, agora a colônia é agora uma derivação da idade média, adaptada e com algumas diferenças, mas com a semelhança de que a mulher ainda é coagida e mal vista. 

O discurso sobre o uso do corpo e seus prazeres imposto de cima para baixo, sobretudo a partir do século XVII, expressa-se através de uma apologia que lisonjeia a mulher para melhor submetê-la. A reforma protestante e a contra-reforma católica, introduzindo mais austeridade nos costumes, dão o tom severo dos discursos, e a mulher torna-se o alvo preferido dos pregadores que subiam ao púlpito para acusá-la de luxuria. 

Com origem no gênesis, o mito da mulher voluptuosa e perversa atravessa com momentos de exaltação aos primeiros século do cristianismo até o século XVII, período da fulminação eclesiástica contra o sexo. (PRIORE; 1988; pp.16)

O que vemos aqui é um afrouxamento das imposições radicais da igreja em relação à mulher, pois com o passar do tempo há certa tolerância, mas sem deixar de mantê-la de forma secundária e alvo de culpa e luxuria de forma mais camuflada sob a forma de elogio e depois a forma de acusação mais brusca.

De acordo com Mary baseada no manual de confissão de 1794, existem homens queixando-se de mulheres com o corpo a mostra, em principal os seios, os quais são encobertos por panos quase transparentes, e as mesmas usam adornos que chamam a atenção masculina, nesse manual se dita a essas mulheres penitencias de três anos. 

Ou seja, ainda aqui, havia a preocupação de controlar a vestimenta feminina, pois baseado no desejo masculino a mulher teria que viver oculta para não provocar desejos masculinos. 

(1988) Se na idade média as mulheres eram submetidas a torturas e a pena de morte no Brasil colônia era aterrorizada pelo castigo celeste, também nesse momento assim como na idade média havia o apresso pela mulher casta e condenando as que não fossem castas e não casadas. Todos os discursos eclesiásticos para a mulher são voltados para esse ponto e para a sua missão de educar e cuidar do marido, da casa e dos filhos atribuindo também à mulher o papel de propagadora do catolicismo através do casamento. (1988).

Aqui encontra-se mais relatos em confissões ao padre, pois a igreja implantou a idéia de que todos deveriam confessar-se e receber suas penitencias, era um artifício para controlar o sexo dentro das casas e na relação entre homem e mulher, o que não é diferente do que havia na idade média, apenas diferente porque aqui não era tão freqüente as torturas como eram na idade medieval. 

Se utilizando de discursos voltados para a submissão da mulher como: um anônimo do século XVII: “ É o homem que deve mandar e a mulher somente criada para obedecer”. O Guia de casados, espelho da vida, insistia: “É a mulher o centro dos apetites, desejosa de muitas cousas diz Catulo, se o homem conviver com todos os seus desejos facilmente cairá nos maiores precipícios...” (1988; pp.19-20). 

Ou seja, mais uma vez a culpa é atribuída as mulheres e sendo esquecido o desejo masculino e as atrocidades que isso provoca nas mulheres.


As mulheres eram como um animal de estimação, pois possuíam suas virtudes eram elogiadas, mas não possuíam autonomia, tinham de ser obedientes e estavam a mercê dos homens tanto é que os maridos ou donos das escravas podiam prostituir suas mulheres, alegando pobreza extrema, ou ainda pior os pais prostituindo suas filhas (1988).Pois nessa época alegar pobreza era uma boa justificativa para prostituição de familiares.Uma forma de resistência elaborada pelas mulheres, era a “pregação religiosa” quando por ela a mulher podia se dizer vitima, recorrendo às tribunas eclesiásticas com acusações de brutalidade dos maridos, pedindo separação ou resgatando noivos ou namorados que teriam “levado sua virgindade” (1988; pp.20).

Em relação à prostituição, na colônia era tida como um mal necessário, pois qualquer mulher que fosse contra os ensinamentos da igreja era uma prostituta em potencial, ou seja, as mulheres nesse momento viviam com medo de serem mal faladas e poderiam a qualquer momento transformarem-se em meretrizes em potencial. Dizia-se que a prostituição era um pecado menos que um adultério ou sodomia, como dizia São Tomás de Aquino e Santo Agostinho justiçam “a sociedade carecia tanto de bordéis quanto necessitava de cloacas”. 

Para manter um equilíbrio era necessário haver as formas de mulher como prostituta, virgem e casada.

Aos homens não era proibido manter relações antes do casamento, bem pelo contrário eram a eles incentivado, havendo apenas a preocupação com os filhos “bastardos” e com os excessos, em confissão os homens contavam ao padre quantas vezes teriam se encontrado com mulheres “públicas” e quando o padre julgava excessivo o penitenciava, assim como também atribuíam a esse excesso e as mulheres a culpa por doenças venéreas, como castigo pelo pecado.

Uma das aceitações da igreja na colônia era o concubinato, no qual uma mulher podia viver com um homem e ter com ele filhos sem ser abençoada pelo casamento desde que nessa relação se levasse em conta as regras ditadas para o casamento as quais já foram citadas. (1988)

Conclusão:
Dadas as considerações bibliográficas nas quais esse artigo foi baseado, a conclusão é de que a mulher era submissão e posta em segundo plano em principal pelo discurso da igreja católica e suas concepções de pecado e heresias, mas o intuito do artigo é discutir que esses pontos de vista e essa visão da mulher que é ditada na idade média e no Brasil colônia perdurou até o presente, não de sua forma mais radical, mas que foi criado em volta da figura da mulher que qualquer comportamento considerado “errado” ou que não seja considerado feminino formulando na mente das pessoas a figura da mulher como prostituta (numa visão pejorativa), pois uma prostituta tem o direito de ser, escolher ser ou ser levada a ser prostituta e isso não pode ser julgado de forma errônea.

Nos discursos apresentados no decorrer do artigo busco demonstrar que essa opressão em relação ao sexo atrelado a mulher é projetado no presente, ou seja, mesmo que as mulheres tenham obtido avanços em relação à igualdade com o sexo masculino no que diz respeito a direitos, no imaginário e no subconsciente social a mulher que “mostra o corpo” será mal vista socialmente. Dito isso se pode dizer que o inicio de tudo isso é bem mais antigo do que parece e no seu início era ainda pior do que temos hoje como machismo.

Na idade média a mulher possuía seu papel como reprodutora e já nascia sobre a visão de “Eva”, ou seja, a ela se atribuía o pecado original, assim como no Brasil colônia, mas na época medieval a mulher era ainda mais condenada e tortura do que no Brasil colônia, com o passar do tempo, mesmo assim, na quer dizer que não houvessem atrocidades praticadas com as mulheres tanto no Brasil colônia como na atualidade, pois a criação de uma ideologia que prioriza os homens e vê nas mulheres o seu oposto e por si só o seu lado mal e que essa visão ainda sobrevive até hoje mesmo que não na sua idéia original.

Artigo de Bianca S. N. Barbosa, Acadêmica de História Bacharelado 2010 da Universidade Federal do Amapá – UNIFAP.  

Referências:

DEL PRIORE, Mary. “As mulheres na História do Brasil”. São Paulo; Contexto, 1988.
RICHARDS, Jeffrey. “Sexo, desvio e danação”. _____.1993.
MALEFICARUM,  Malleus.” O Martelo das Feiticeiras: Os Instrumentos de Tortura da Santa Inquisição”. publicação eletrônica da Editora Supervirtual Ltda. Disponível in http://www.supervirtual.com.br.