segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Feminismo, se confunde com homossexualidade.

A muito tempo eu queria postar aqui no Anarcolitico, uma postagem sobre sobre a questão Feminista, e eis que de uma conversa com a Bianca Barbosa no Show do Garotos Podres, me surgue a maravilhosa oportunidade.
Esse artigo trata de uma das diversas questões do Feminismo, vista de uma sociedade que ainda parece não entender bem o termo feminista (assunto de uma outra postagem).



                                                                                         Por: Bianca Samanta Nascimento Barbosa

Partindo de uma visão mais antropológica(*), tendo como ponto de partida o gênero, o qual tem o conceito de distinguir as diferenças entre homens e mulheres a margem da visão biológica, partindo para um conceito social.
A partir desse conceito veremos como o feminismo se confunde com homossexualidade, seja por padrões delimitados ao longo dos anos em relação à divisão desigual entre homem e mulher e a grande “limitação” das mulheres, o estereótipo criado para identificar a mulher a sua condição diferenciada do homem.

O feminismo possui o conceito de igualdade entre homens e mulheres em todos os campos, dito que ele surgiu em grande parte pela repressão sofrida ao longo dos anos pelas mulheres, isso já não é novidade, mas a grande problemática e tema desse artigo estão na confusão entre feminismo e homossexualidade, se os dois podem ser encontrados juntos?
Sim! Mas não é uma regra geral ligar feminismo a feminismo lésbico.

O problema(1) está fixado na confusão de feminismo com homossexualidade, dada que o feminismo luta contra a opressão da mulher, assim passando a ser mal entendido por uma grande parcela da população devido ao desconhecimento do conceito de feminismo, pois, pode causar a impressão de que mulher feminista tem por objetivo tomar o lugar masculino e oprimi-lo, o que de fato existe em algumas situações (femismo)(2), mas não é no feminismo geral.

Há também o fato do movimento feminista e o GLS tenham se manifestado na mesma época e por terem se unido por algum tempo.

Sendo criado inicialmente num tempo onde a mulher era tida como o simples complemento do homem o seu “oposto”, para fazer o que “não é designado” a ele, e por assim pensar, traduzem a mulher como “segundo sexo”(3), designado a obedecer e ser restringido.
No contraponto desse pensamento, projetou-se a semelhança da mulher feminista com a lésbica, se dando pela estereotipação da mulher como ser delicado e opositor a virilidade do homem.

 
Na quebra desse modelo feminino, ocasiona a aversão da mulher (feminista) ao estereótipo (delicado e feminino ao extremo, baseado na explicitação da sensualidade) criado pela mídia ou pelo pensamento romântico criado em volta da figura feminina,desencadeando um comportamento diferente ao considerado “feminino”, e agora atribuído ao masculino visto como característica de homossexualidade (lésbicas). Com a existência da androginia(4),pois androginia não é homossexualidade, atualmente, não se prende apenas ao conceito biológico, tida como a projeção de características tanto femininas projetadas no homem como masculinas na mulher.

De fato, existem diferenças (gênero), mas não cabe a um se sobrepor ao outro e a quebra do senso comum é indispensável para esse pensar.

Não digo que as mulheres não obtiveram resultados ao longo do tempo em relação à igualdade, porque em “palavras”, já existem benefícios conquistados, mas infelizmente, na prática e na consciência das pessoas e das próprias mulheres, ainda existe submissão, principalmente de forma indireta (religião, perfil, principalmente relacionado a emprego, famílias de caráter “tradicional”, etc.). Quando se diz que se tem livre arbítrio para se expressar e “ser você mesma”, no entanto quando não se enquadra na doutrina criada para as mulheres, nota-se o repúdio pelo que se diz “diferente”.

Quando se extinguirem as formas públicas de erotização do corpo feminino, utilizado principalmente como objeto de marketing em promoção de bens materiais, atribuídos tanto ao desejo masculino quanto ao feminino (em forma de modelo de corpo ideal feminino).


Para lembrar, e até mesmo informar você que talvez não saiba:

(*)Antropologia: ciência que estuda o homem, o desenvolvimento cultural.

(*) Gênero,antropologia: sublinha a diferenciação social entre os homens e as mulheres e as separa das diferenças estritamente biológicas.

(1) O problema: digo que além dos problemas apresentados nesta pesquisa, é possível encontrar novas causas de confusão entre feminismo e homossexualismo, de maneira diversa e casos particulares.

(2) femismo: quando há a confusão de igualdade da mulher com opressão dos homens, quando a mulher passa a oprimir os homens usando o ideal feminista.

(3) ”segundo sexo”: termo usado por Simone de Beauvor (1953),em seu ensaio “segundo sexo”, para referir-se ao sexo feminino.

(4) Androgenia, biologia: ser que possui os dois sexos ao mesmo tempo e é capaz de se reproduzir sozinho (não no caso dos humanos),na visão de psicólogos e médicos, é um fenômeno cultural que nada tem a ver com bissexualidade ou homossexualismo.

Referencias:

BEAUVOIR, Ingrid. (org.) Simone de Beauvoir: Le deuxième sexe. Le livre fondauteur Du féminisme modeme em situation. Paris. Éditions Champion, 2004.

_______. (org.) Le deuxième sexe de Simone de bearvoir. Paris, Presses de I’université Paris – Sorbonne, 2004.

PRIORE, Mary Del. História das mulheres no Brasil (org.) Carla Bassanezi (coord. De textos). – 3 ed – São Paulo: Contexto, 2000.

Super interessante. Androgenia Cultural .

3 comentários:

  1. A verdade disso tudo é que quem impos tudo isso foi a propria sociedade, e nossos pais com a educação errada e a maioria das vezes é escroto.

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  2. lembrando que a garota das duas ultimas fotos é Brigitte Helms uma grande atriz da dec. 50 que fez o classico filme Metropolis =D

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  3. Sociedade essa dotada de valores errados impostos pelo Estado e seus beneficiados....querem que seguimos suas regras que so massacram a gente

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