domingo, 5 de dezembro de 2010

Suicidio em gestão de Liberdade

     Liberdade

O passáro é livre
na prisão do ar.
O espírito é livre na prisão do corpo
Mas livre, bem livre,
é mesmo esta morto.
                ( Carlos Drummond De Andrade)


     Desde que o mundo se fez sociedade, o ser humano nunca obteve o direito de morrer voluntariamente.
Sendo aquele que cometesse suicídio covarde, fraco e traidor.Traidor por abandonar seus amigos e familiares,fugir de seus compromissos e covarde por não ter a capacidade de aguentar os desafios da vida que devem ser superados todos os dias aparti do momento que acordamos.
Na visão da Igreja um dos pilares que "governam" a sociedade,condena e condenou o suicídio, desde muito antes de Cristo isso foi comum na religião de varias civilizações,havendo uma rejeição superior a outros casos de morte como por acidente no trabalho e trabalhos militares em guerras que marcaram o mundo.
Casos como o suicídio religioso, foram respeitados visto como "sacrifício"pela ordem de Deus,até o momento que viver representasse risco de grande pecado, matando-se o cristão defenderia sua integridade e moral física e acima de tudo cristã.
Como exemplo temos o caso de Sansão que derruba as pilastra do templo para vingar sua humilhação diante dos filisteus.Para a igreja quando o suicídio não é ordenado por uma divindade não possui justificativa.Como Judas que matasse após entregar Jesus aos soldados, segundo a maioria das religiões Judas é sempre retratado como mal carácter e inferior aos outros seguidores de Jesus.
Uma das justificativas mais comuns são que atentar contra a própria vida é pecado,pois  a vida é o maior dom de Deus, dom de um ser divino e o homem como ser inferior não possui o direito de afrontar aos deuses,destruindo-se.
Normalmente desde a Grécia antiga os cadáveres dos suicidas recebem um tratamento inferior e até descriminatório aos demais.
Hoje na sociedade atual a midia normalmente não noticia casos de suicidas,como forma de não estimular esse "ato impensado", porém o numero é cada vez maior especialmente em países mais desenvolvidos .
o suicídio não deveria ser retratado apenas no modo religioso de que vai ou não para o inferno mas como uma causa social de uma sociedade cada vez mais individual onde as pessoas estão cada vez mais pensando em si mesmo do que no seu semelhante.A desigualdade e falta de colectivismo .
Porem normalmente o que mais os estudiosos retratam é que os casos de suicídios provém de um desajuste social,uma pessoa que se vê infeliz, com as normas de uma sociedade que é cada vez mais difícil de alguns indivíduos se encaixarem,muitas vezes o último estágio de uma depressão resultando na morte por escolha própria.
Psicologicamente o suicídio é apresentado como doença.
Mas seria o suicido uma forma de expressão que escapa ao controle do Homem?
Porém para pessoas como nós os chamados loucos ,o suicídio seria o exercício da liberdade, levado as últimas consequências.
Onde o ser humano e até mesmo animais como vemos na natureza determina por si só a hora que quer deixar de existir.
Não estou estimulando ao suicídio, mas vemos tanto falar em liberdade mas não seria o suicídio um exemplo de liberdade?
Ou liberdade seria fazer o que as Leis determinam "direitos e deveres do cidadão", onde os deveres são cumpridos a regra , mas os direitos estes estão sempre longe da nossa realidade.
Tudo deve ser sempre como o Estado a Igreja e a segurança nacional determina.
ATÉ QUE PONTO SOMOS LIVRES?


fonte:   Morte uma questão sociocultural (livro)

Nenhum comentário:

Postar um comentário